Minuta do golpe: PF conclui que digitais encontradas no documento não revelam identidade do autor
Primeira leva de exames periciais foi concluída por papiloscopistas
A Polícia Federal (PF) já tem o resultado preliminar sobre a perícia que identificou três digitais na minuta de decreto de Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
O trabalho de papiloscopistas constatou que as digitais são do próprio Anderson Torres, de um dos advogados do ex-ministro e de um delegado da Polícia Federal que atua nas investigações.
Esses dois últimos tiveram contato com o manuscrito porque participaram das buscas na casa de Torres, segundo fontes da PF ouvidas pela CNN.
Na prática, o resultado desse trabalho específico não ajuda no avanço das investigações sobre quem seria o autor do documento. Ou mesmo, quem o entregou ao aliado de Jair Bolsonaro.
Os trabalhos, no entanto, não estão encerrados.
A PF estuda ainda outra maneira de identificação: por DNA. A ideia, agora, é examinar o material genético depositado na superfície das páginas, deixado por quem tocou na minuta. Isso inclui células da pele ou qualquer outro tipo de material biológico. Assim, seria possível identificar o perfil genético do suspeito.
A CNN revelou, em fevereiro, que a PF também tentava identificar a impressora onde foi impressa a minuta, com base no código registrado em cada folha de papel utilizada no documento.
As defesas do ex-presidente Bolsonaro e do ex-ministro Anderson Torres pediram acesso ao resultado da perícia formalmente e aguardam posicionamento da Justiça.