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    Ministros querem convencer Bolsonaro a adiar viagem à Rússia

    Nos últimos dias, auxiliares das equipes econômica e política intensificaram os conselhos ao presidente para que ele pelo menos adie para março encontro com o presidente russo Vladimir Putin

    Gustavo Uribe

    O presidente Jair Bolsonaro tem recebido pedidos em sua equipe ministerial para que desista da viagem à Rússia, programada para o dia 14 de fevereiro.

    Com a tensão crescente entre Rússia e Ucrânia, somente nesta semana, segundo relatos feitos à CNN Brasil, pelo menos três auxiliares das equipes econômica e política tentaram convencer o presidente a desistir ou adiar para março o encontro com o presidente russo Vladimir Putin.

    Como o presidente tem insistido na viagem oficial, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, foi procurado por um colega para que reforce o pedido de cancelamento. O chanceler brasileiro já tem na agenda um encontro com Bolsonaro na próxima segunda-feira (7) para discutir o cenário político na Rússia. Cientes disso, alguns ministros já teriam aproveitado para conversar com Carlos França sobre uma eventual desistência.

    O principal receio da presença de Bolsonaro na Rússia é o impacto, tanto diplomático como econômico, que a visita oficial possa causar, sobretudo junto aos Estados Unidos, o segundo maior parceiro comercial do Brasil. A viagem foi, inclusive, tema de um telefonema entre o secretário norte-americano Anthony Blinken e o ministro Carlos França.

    Além disso, segundo relatos de militares do governo, há o temor no GSI (Gabinete de Segurança Institucional) em relação à segurança do presidente, diante do acirramento do conflito ou até mesmo do início de uma guerra durante a visita de Bolsonaro.

    Na quinta-feira (3), os Estados Unidos acusaram a Rússia de “fabricar um pretexto para uma invasão” à Ucrânia, desta vez utilizando um vídeo “gráfico” que retrataria um ataque falso contra o território russo.

    No mesmo dia, Bolsonaro chegou a comentar sobre uma possível pressão dos Estados Unidos para que o governo brasileiro reconsidere a viagem à Rússia. “Assim como se Joe Biden me convidar, estarei nos Estados Unidos com o maior prazer”, disse.

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