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    Eleições 2022

    Ministros do STF resistem a encontro com Bolsonaro antes de pronunciamento

    Nos bastidores, magistrados da Suprema Corte defendem que, antes de irem ao Palácio da Alvorada, o presidente precisa reconhecer em público a derrota no segundo turno

    Basília RodriguesGustavo Uribeda CNN

    em Brasília

    O convite do presidente Jair Bolsonaro (PL) para um encontro com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) antes de pronunciamento sobre o resultado da eleição nacional enfrenta resistência da maior parte dos magistrados da Suprema Corte.

    Em conversas reservadas, integrantes da Corte têm defendido que, em caso de comparecimento a um encontro no Palácio da Alvorada, isso ocorra apenas depois de o presidente reconhecer publicamente o resultado do segundo turno.

    O receio é de que um encontro anterior ao pronunciamento do presidente pode gerar desgaste na imagem da Suprema Corte, caso Bolsonaro questione a lisura das urnas eletrônicas.

    Apesar de a maior parte dos ministros ter resistência a um encontro, não é descartada a presença, por exemplo, de ministros como Nunes Marques e André Mendonça, indicados para a Suprema Corte por Bolsonaro.

    Nesta madrugada, ministros do STF confirmaram a decisão de Alexandre de Moraes de desbloqueio das rodovias estaduais e federais.

    Como a CNN divulgou mais cedo, um dos integrantes da Suprema Corte afirmou, reservadamente, que essa foi “uma forma de tentar barrar intenção golpista”.

    Segundo interlocutores do presidente, o convite de Bolsonaro aos ministros é uma tentativa de o presidente expor o que achou de “falta de equilíbrio” de alguns integrantes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre a condução do processo eleitoral no último domingo.

    Desde domingo (30), após o resultado da votação, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro está em silêncio e recluso no Palácio do Alvorada, residência oficial do presidente.