Governo exonera 29 servidores do Gabinete de Segurança Institucional; veja lista
Lula, por sua vez, deve manter o GSI com um militar à frente, apesar da pressão de parte de seus auxiliares para que a pasta seja extinta
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) exonerou, nesta quarta-feira (26), três secretários nacionais e 26 servidores do órgão.
Mais cedo, a CNN já havia noticiado que o coronel da reserva Jorge Henrique Luz Fontes, da chefia de gabinete na secretaria-executiva, havia deixado o GSI. Fontes ocupava o cargo desde fevereiro de 2022, mas estava no GSI desde o governo de Michel Temer, em 2016.
O coronel estava subordinado pelo ex-secretário executivo do GSI, o general Ricardo Nigri, também exonerado a pedido após a saída de Gonçalves Dias do comando do órgão.
Veja todos os exonerados:
- Secretário de Assuntos de Defesa e Segurança Nacional: Brigadeiro do ar Max Cintra Moreira
- Secretário de Segurança e Coordenação Presidencial: General de brigada Marcius Cardoso Netto
- Secretário de Coordenação de Sistemas: Contra-almirante Marcelo da Silva Gomes
- Secretário-Executivo Adjunto: General de brigada Marcelo Goñes Sabbá de Alencar
- Assessor militar: Capitão de mar e guerra Tácito Augusto da Gama Leite
- Diretor do Departamento de Assuntos de Defesa e Segurança Nacional: Coronel da Aeronáutica Ivan Lucas Karpischin
- Assessor chefe militar: Coronel do Exército Luís Antonio Correia Lima
- Assessor militar: Coronel do Exército Antônio Alexandre Rocha Pontes
- Diretor do Departamento de Gestão: Coronel do Exército Gladstone Barreira Júnior
- Assessor militar: Coronel do Exército Alexandre Santos de Amorim
- Coordenador-Geral de Capacitação: Coronel do Exército Valdir Campêlo Júnior
- Chefe de Gabinete da Secretaria Executiva: Coronel do Exército Jorge Henrique Luz Fontes
- Coordenador-Geral de Segurança de Instalações: Coronel do Exército André Luiz Garcia Furtado
- Assessor Técnico Militar: Major do Exército Anísio Morais Pessoa Júnior
- Chefe: Major da Polícia Militar do Distrito Federal Wagner Bruno Alves de Oliveira
- Assessor Técnico Militar: Capitão Jorge Allan dos Santos
- Sem função: Capitão Nicomedes Cardoso Menezes Neto
- Assistente Técnico Militar: 1º Tenente do Exército Jorge Luzi Leandro de Barcellos
- Assistente Técnico Militar: 1º Tenente do Exército Edi Carlos Bernadino
- Assistente Técnico Militar: 2º Tenente do Exército Felipe Bello Bastos
- Supervisor: Subtenente do Exército Ivan Freire de Freitas
- Supervisor: Subtenente do Exército Alessandro Moreira Flores Nunes
- Supervisor: Suboficial da Marinha: Washington Luiz Pugliese dos Santos
- Supervisor: Suboficial da Aeronáutica Rainieri Dias da Paixão Ribeiro
- Supervisor: 1º Sargento do Exército Cristian Guerreiro da Cruz
- Assistente: 1º Sargento do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal Wendell Teofilo da Silva Soares
- Assistente: 1º Sargento da Polícia Militar do Distrito Federal Emivaldo José da Silva
- Especialista: 3º Sargento da Polícia Militar do Distrito Federal João Luiz Sapucaia Vinhas
- Assessora Técnica do Gabinete: Nair Henrique de Oliveira
Lula deve manter militar à frente do GSI
Lula, por sua vez, deve manter o GSI com um militar à frente, apesar da pressão de parte de seus auxiliares para que a pasta seja extinta.
O nome mais cotado para comandar o GSI é o do general da reserva Marcos Antônio Amaro dos Santos.
A CNN mostrou, na terça-feira (25), que Lula pretende ter uma nova reunião com Amaro antes de definir o futuro do GSI. Fontes do governo relataram à reportagem que a decisão do presidente deve ser tomada nos próximos dias, com o retorno de Lula ao Brasil.
Na semana passada, o presidente se reuniu com o general para apresentar a ele sua visão sobre a pasta.
O nome do general Amaro é bem avaliado entre militares da ativa e da reserva ouvidos pela CNN.
Integrantes das Forças Armadas classificam o general como sendo um homem calmo, ponderado e conciliador e acreditam que, por conta de seu perfil, pode ser a escolha ideal para o atual momento de reestruturação do GSI.
A saída do general Gonçalves Dias do GSI na semana passada, após a revelação pela CNN de vídeos mostrando sua atuação no dia 8 de janeiro, reacendeu no governo a discussão em torno do futuro da pasta, que foi esvaziada desde o início do ano.
A defesa feita por uma ala de auxiliares do presidente é a de que haja desmilitarização do governo.
O GSI perdeu duas de suas principais atribuições nos últimos meses. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), subordinada à pasta, passou a responder à Casa Civil, chefiada pelo ministro Rui Costa.
Já a segurança do presidente e do vice-presidente deixou de ser feita exclusivamente por militares e passou a ser realizada majoritariamente por policiais federais.
(*Publicado por Douglas Porto)