Ministro do TSE nega direito de resposta em propaganda que associa Bolsonaro a suposta desonestidade
Segundo o ministro Paulo de Tarso Sanseverino, a publicidade questionada sobre imóveis se baseia em matéria jornalística
O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral, negou direito de resposta à campanha de Jair Bolsonaro em propaganda veiculada pela coligação de Lula. A campanha do presidente argumentava que o eleitorado é induzido à sensação de que Bolsonaro e seus filhos são agentes políticos desonestos ao veicular que a família possui mais de uma centena de imóveis adquiridos no exercício de mandatos, sendo a maioria comprada por meio de “dinheiro em espécie” (dinheiro vivo).
Os vídeos divulgam trechos de reportagem do portal UOL.
Segundo o ministro, a publicidade questionada se baseia em matéria jornalística.
“A veiculação impugnada não transmite, como alegado, informação gravemente descontextualizada ou suportada por fatos sabidamente inverídicos. A referência ao termo “dinheiro em espécie” se mostra, à primeira vista, adequado à submissão ao debate público”, disse.
O ministro afirmou ainda que, “no processo eleitoral, a difusão de informações sobre os candidatos – enquanto dirigidas a suas condutas pretéritas e na condição de homens públicos, é essencial para ampliar a fiscalização que deve recair sobre as ações do aspirante a cargos políticos e favorecer a propagação do exercício do voto consciente.”
Procurada, a campanha de Bolsonaro não se manifestou.
