Ministro do STJ decide pela manutenção da prisão de Cristiane Brasil
Ex-deputada é acusada de envolvimento em desvios de mais de R$ 30 milhões, entre 2013 e 2018, em contratos de assistência social do Rio
O ministro Joel Ilan Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça, manteve nesta terça-feira (22) decisão do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) que negou pedido de relaxamento de prisão para a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB). Dessa forma, ela segue detida.
Ela é acusada de envolvimento em desvios de mais de R$ 30 milhões, entre 2013 e 2018, em contratos de assistência social no governo do estado e na prefeitura do Rio.
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Cristiane Brasil foi alvo da Operação Catarata. Ela é acusada pelo Ministério Público fluminense de receber propina em dinheiro quando comandou a Secretaria de Envelhecimento Social municipal.
Em nota divulgada na época da prisão, a ex-deputada questionou a denúncia. “Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram. Mas aparecem agora que sou pré-candidata à prefeitura numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai”, disse. Cristiane Brasil é filha do presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson.
Na segunda-feira (21), o PTB informou que lançará Fernando Bicudo como candidato do partido a prefeito do Rio nas eleições municipais de 2020. Bicudo, ex-diretor do Theatro Municipal do Rio, é advogado e já integrava como vice a chapa registrada no TRE-RJ.
A legenda ainda analisa a possibilidade de manter Cristiane como vice.