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    Ministro da Justiça fala em ‘abuso’ na ação que mirou deputados bolsonaristas

    Quando era advogado-geral da União, André Mendonça defendeu o inquérito

    Basília Rodriguesda CNN

    O ministro da Justiça, André Mendonça, afirmou a interlocutores que viu “abusos” na ação hoje autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e que levou policiais federais às ruas para cumprir mandados de busca e apreensão contra empresários, blogueiros e funcionários de políticos. Na mesma ação, deputados federais e estaduais foram intimados a prestar depoimento. De comum entre os alvos da investigação, está o apoio declarado ao governo Jair Bolsonaro.

    Pelas redes sociais, o ex-titular da pasta, Sergio Moro, associou o episódio de hoje com uma das últimas conversas que teve com Bolsonaro, antes de sua demissão, quando o presidente cobra explicações sobre a possibilidade do inquérito das Fake News mirar deputados bolsonaristas. Moro publicou hoje que “a Polícia Federal tem que trabalhar com autonomia, que sejam apurados os supostos crimes no RJ e também identificados os autores da rede de fake news e de ofensas em massa”.

    No papel de ministro da Advocacia Geral da União, Mendonça defendeu o inquérito. Ao explicar nesta quarta-feira a interlocutores, com quem a CNN conversou, se havia mudado de opinião, o ministro ressaltou que faz parte das prerrogativas da AGU defender os Três Poderes, e não apenas atos do presidente da República. Na época, a AGU foi chamada a atuar pelo STF e tinha dever de ofício de atender. Mendonça afirma que a defesa da investigação não se confunde com apoio a abusos. O inquérito existe desde março do ano passado e logo no início foi alvo de críticas de procuradores federais. Naquela ocasião, o então AGU defendeu a legalidade do inquérito que apura ameaças, ofensas e a disseminação de notícias falsas contra ministros da suprema corte.

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