Ministro da Defesa entra na lista de pedidos de indiciamento de Renan Calheiros
Apesar de o ministro não ter sido ouvido pela CPI, integrantes da comissão ouvidos pela CNN consideram inquestionável o indiciamento
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O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, estará na lista de nomes que o relator da CPI da Pandemia irá recomendar indiciamento, na próxima semana, por crimes cometidos durante a gestão da pandemia. A CNN Brasil apurou que o pedido de indiciamento consta na minuta do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que narra a responsabilização do ministro quando esteve à frente da Casa Civil.
Mais cedo, o analista de política da CNN Brasil Caio Junqueira antecipou que Renan tenta convencer o G7, grupo majoritário da CPI da Pandemia, a aceitar a inclusão de Braga Netto no relatório final.
Enquanto ministro da pasta, dentro do Planalto, Braga Netto coordenou um comitê de crise que articulou as primeiras medidas contra a pandemia. O grupo reunia outros ministros, como o da Economia e o da Saúde, que estavam sob a orientação da Casa Civil. Caberá à Comissão decidir se aprova o indiciamento.
Apesar de o ministro não ter sido chamado a prestar depoimento na CPI durante os cinco meses de trabalho, integrantes da comissão ouvidos pela CNN nesta quinta-feira (14) consideram inquestionável o indiciamento. Para eles, não há como concluir o relatório sobre a pandemia sem indiciar o coordenador do grupo montado pelo governo no começo da mesma.
Técnicos do Senado trabalham na fundamentação do tipo penal, com o objetivo de definir quais crimes deveriam ser atribuídos ao ministro para pedir o indiciamento, o que ainda não foi definido.
O número de pessoas que terão indiciamento recomendado pela CPI segue indefinido, variando entre estimativas que vão de 40 a 60 nomes. O capítulo voltado às fake news é o que possui o maior número de sugestão de indiciados. Pouco a pouco, alguns nomes estão sendo retirados de vez ou revisados para reforçar os argumentos que sustentam o indiciamento deles.
A CNN procurou Braga Netto, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem. O posicionamento do ministro será incluído caso enviado.