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    Eleições 2022

    Ministra do TSE manda tirar do ar sites com críticas a Bolsonaro

    Maria Claudia Bucchianeri analisou que os domínios são compostos essencialmente por conteúdo criado como material de propaganda eleitoral negativa

    Prédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
    Prédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Gabriela Coelhoda CNN em Brasília

    A ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mandou suspender sites que realizam propaganda eleitoral negativa contra candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). As redes sociais relacionadas a eles também devem sair do ar.

    O primeiro é o site “Bolsoflix”, não hospedado no Brasil. O outro site é o “verdadenarede.com.br”, indicado como um dos sites oficiais de campanha do candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

    A ministra analisou pedidos feitos pela campanha de Bolsonaro. Segundo a ministra, o site “Bolsoflix” é composto essencialmente por conteúdo criado e desenvolvido, claramente, como material de propaganda eleitoral negativa contra o presidente.

    “A alusão direta ao pleito eleitoral de 2022, segundo entendo, é evidente, e deriva não apenas da própria chamada do site (“Bolsoflix – os melhores vídeos antibolsonaro para disparar nas redes”), como do próprio teor do material criativo ali compartilhado”, disse.

    Segundo a ministra, a Lei das Eleições é clara ao proibir a promoção de qualquer tipo de propaganda eleitoral na Internet, positiva ou negativa, em site hospedado no exterior, dificultando o controle pela Justiça Eleitoral, inclusive no que concerne à origem dos recursos financeiros destinados à produção de material publicitário de campanha política.

    “O site tem domínio registrado em nome de pessoa jurídica, além de estar hospedado em provedor de serviço no exterior, em destacada ofensa à legislação eleitoral regente”, disse.

    Quanto ao segundo site, a ministra afirmou que o site resulta na indução em erro dos usuários visitantes, que acessam o site com o objetivo de checagem de informações e, involuntariamente, acabam consumindo propaganda eleitoral.

    “No caso concreto, ao contrário da transparência, da lealdade e da boa-fé, vislumbro deliberada construção do sítio para dar a falsa aparência de uma agência independente e neutra de checagem de fatos, com a consequente submissão do usuário e da usuária à propaganda eleitoral sem seu conhecimento, seu consentimento ou mesmo sem sua filtragem ideológica”, disse.

    Há, também, segundo a ministra, aparente violação à Lei das Eleições, porque “não é admitida a veiculação de conteúdos de cunho eleitoral mediante cadastro de usuário de aplicação de internet com a intenção de falsear identidade”.

    “Como dito, não apenas os nomes do sítio e dos perfis em redes sociais a ele relacionados (“verdadenarede”) são deliberadamente alheios à ideia de um espaço oficial de promoção de candidatura.Também a organização e a estruturação de toda a página são, ao que me parece, concebidas para reforçar a ideia de um ambiente independente e neutro de checagem de notícias, em cujo âmbito os usuários são expostos à material de propaganda eleitoral sem o respectivo conhecimento e a necessária anuência”.