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    Eleições 2022

    Ministério Público Eleitoral pede que TRE impeça candidatos do Rio de usar sobrenome Bolsonaro na urna

    MPE alega que ambos não têm parentesco com o presidente e que o objetivo de impedir o uso do sobrenome é evitar que os políticos consigam dividendos eleitorais indevidos

    Leandro Resende

    O Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro pediu ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-RJ) que impeça os candidatos a deputado federal Hélio Lopes e Max Guilherme, ambos do PL, de utilizar o sobrenome do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas.

    Eleito pela primeira vez em 2018, com apoio expresso do atual presidente, Hélio Lopes não usou o sobrenome presidencial e, ainda assim, se tornou o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro, com 345 mil votos. A Procuradoria diz que o registro da candidatura dele deve ser autorizado desde que o nome apresentado para urna não seja o de Bolsonaro. A CNN procurou Hélio Lopes e o Partido Liberal (PL) e aguarda retorno.

    A CNN apurou que a família do presidente Jair Bolsonaro autorizou que Hélio Lopes e Max Guilherme usassem o sobrenome presidencial nas urnas. Hélio é aliado de primeira hora e presente em muitos eventos ao lado do presidente nos últimos anos. Max Guilherme é ex-policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e ex-assessor do presidente.

    O MPE alega que ambos não têm parentesco com o presidente e que o objetivo de impedir o uso do sobrenome é evitar que os políticos consigam dividendos eleitorais indevidos. A CNN também procurou Max Guilherme e aguarda retorno.

    “O uso do nome [Bolsonaro] em questão visa uma inadequada apropriação do capital político gozado pelo candidato à presidência da República”, diz a procuradora eleitoral responsável pelo caso, “o que, por consequência, causa influência na escolha dos eleitores.”

    Levantamento feito pela CNN mostra que pelo menos 40 candidatos às Assembleias Legislativas e à Câmara dos Deputados apresentaram o sobrenome Bolsonaro para concorrer às urnas. Entre eles estão Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, mãe de seu filho Jair Renan e postulante pelo PP a uma vaga de deputada distrital; Léo Índio, sobrinho da primeira esposa de Bolsonaro, Rogéria, que é mãe dos filhos políticos do presidente, Flávio, Carlos e Eduardo; e Fabiano, o responsável pela interpretação e tradução em libras em transmissões feitas pelo presidente, que quer ser deputado federal pelo Republicanos.

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