Ministério Público deve se manifestar sobre relatório do PL contra urnas após 1º turno
Atuação do Ministério Público Eleitoral poderá levar à punição do partido do presidente da República, Jair Bolsonaro
O vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet deve decidir depois do primeiro turno sobre abertura de investigação contra o PL pela produção de relatório que levanta uma série de suspeitas sobre as urnas eletrônicas.
Na quinta-feira, em evento com observadores internacionais, Gonet enfatizou que o processo eleitoral brasileiro é “seguro, limpo e eficaz”.
Interlocutores da Procuradoria-Geral da República afirmaram à CNN que ele irá abrir investigação. A opção foi por esperar passar o primeiro turno, neste domingo, para gerar menos tumulto às vésperas das eleições.
A atuação do Ministério Público Eleitoral poderá levar à punição do partido do presidente da República, Jair Bolsonaro. Apesar de afirmar que não endossa as conclusões do relatório, a legenda, sob o comando de Valdemar Costa Neto, contratou auditoria para identificar supostas falhas nas urnas.
A auditoria é assinada por engenheiros do Instituto Voto Legal. De acordo com dados da prestação de contas eleitorais, o PL contratou o instituto com recursos públicos do fundo partidário.
Atualmente, o PL tem a maior bancada de deputados federais, com cerca de 70 nomes. A sigla faz planos de manter o maior tamanho de bancada com o resultado das urnas neste domingo.
Recentemente veio de uma manifestação do procurador geral eleitoral, a acusação de que a campanha do presidente Jair Bolsonaro cometeu ilicitude eleitoral ao promover encontro com embaixadores, em julho, no Palácio da Alvorada. Na ocasião, Bolsonaro repetiu acusações às urnas já desmentidas por órgãos de fiscalização e fez ataques a seu principal rival, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após manifestação do Ministério Público Eleitoral, ministros do TSE decidiram condenar a campanha por propaganda eleitoral antecipada.
