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    Eleições 2022

    Ministério da Defesa propõe teste com cédula de papel em votação

    Proposta foi classificada pelo ministro Paulo Sérgio Nogueira como um teste de “integridade” das urnas eletrônicas

    Daniel ReisBrenda Silvada CNN

    O Ministério da Defesa propôs um teste com cédula de papel nas eleições deste ano, durante audiência pública no Senado, nesta quinta-feira (14). A proposta foi classificada pelo ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira como um teste de “integridade” das urnas eletrônicas.

    O chefe da equipe das Forças Armadas no grupo de Fiscalização do Processo Eleitoral, coronel Marcelo Nogueira de Souza, que apresentou ao Senado a sugestão, explicou aos parlamentares que algumas urnas seriam mantidas na seção eleitoral de forma paralela, sem serem utilizadas na votação oficial.

    Eleitores seriam chamados apenas para, de forma voluntária, liberar a votação da urna “teste”. Eles liberariam as urnas através da biometria, criando um fluxo de registro, mas quem votaria – de forma não oficial – seriam servidores, que também votariam em cédula. Uma espécie de “votação paralela”. Depois, essas urnas seriam conferidas com o BU (Boletim de Urna).

    “Modificaria pequenos procedimentos no que está estabelecido, mas traria um grau de segurança, um grau de certeza maior em relação à possível ameaça do código interno como ameaça de hardware”, argumentou o coronel Souza.

    Após a fala do coronel Souza, o ministro da Defesa disse, no final da audiência, que essa sugestão seria apenas “um teste de confiabilidade das urnas eletrônicas” e não se trata de uma votação paralela com cédula de papel.

    “Estou propondo teste de integridade e não votação paralela em cédula de papel”, disse Sérgio Nogueira. “Não tem viés político gente, não tem dúvida, não tem que colocar em cheque ou em dúvida, é tecnicamente de posse dos dados, apresentar um trabalho. E aí a decisão, a aceitação não cabe à gente, cabe ao TSE”, complementou.

    A audiência desta quinta (14) foi proposta pelo senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE).

    A CNN procurou o TSE, que ainda não se manifestou.

    Teste já é realizado pelo TSE

    Em nota de 2021, o TSE já afirmava que realiza um teste de integridade com cédulas que garante a segurança do processo eletrônico.

    De acordo com o órgão, essa auditoria é feita através de urnas sorteadas, que recebem os votos das cédulas impressas preenchidas por representantes dos partidos políticos e das coligações em quantidade equivalente entre 75% e 82% do número de eleitores registrados na respectiva seção eleitoral. As cédulas de votação são depositadas em urnas de lona lacradas.

    O processo, segundo o TSE, começa no mesmo horário da votação oficial, a partir da impressão da “zerésima” – documento que prova que não há nenhum voto registrado na urna. Todos os votos das cédulas preenchidas são digitados, um por um, no equipamento e em um sistema paralelo, em um computador, de acordo com o órgão. O teste é feito em ambiente monitorado, e as câmeras filmam os números digitados no teclado da urna, reforça o tribunal.

    Ao final da votação, é impresso um Boletim de Urna (BU), e o sistema auxiliar também emite um boletim. Dessa forma, os dados são comparados e é verificado se a urna eletrônica funcionou normalmente, bem como se foram registrados exatamente os votos das cédulas digitados na urna.

    Debate

    CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.

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