Militares que assinaram carta para pressionar por golpe foram punidos, disse Freire Gomes à PF
General determinou uma apuração em todos os Comandos de Área sobre a "Carta ao comandante do Exército de oficiais superior da ativa do Exército Brasileiro"
Os militares que participaram da elaboração de uma carta para pressionar por um golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder foram punidos, de acordo com o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, em depoimento à Polícia Federal.
O conteúdo do depoimento foi veiculado em primeira mão pela CNN.
Freire Gomes explicou que tomou conhecimento sobre a “Carta ao comandante do Exército de oficiais superior da ativa do Exército Brasileiro”, publicada em 28 de novembro de 2022, por meio do Centro de Comunicação do Exército.
Posteriormente, o general determinou uma apuração em todos os Comandos de Área, quando foi identificada a participação de alguns militares, que foram “punidos na medida de suas participações no ato”.
Quando questionado pela PF se concorda com o conteúdo da carta, o ex-comandante do Exército negou e disse que o documento foi feito para pressioná-lo a aderir ao golpe de Estado.
Ainda reiterou que não é permitida qualquer manifestação política a oficiais da ativa e que havia a preocupação de evitar pronunciamentos do tipo na força, além de ataques pessoais aos integrantes do Alto Comando.
*Texto publicado e organizado por Douglas Porto, da CNN