Militares acusados de plano golpista chegam a Brasília
Dois oficiais foram transferidos em voos separados; eles estavam detidos desde o último dia 19 no Rio de Janeiro
O avião que transportou o tenente-coronel Rodrigo Azevedo do Rio de Janeiro para Brasília pousou na capital federal por volta das 17h.
Já a aeronave com o general Mario Fernandes chegou horas antes, por volta de 12h.
Conforme antecipou a analista da CNN Jussara Soares, os militares foram transferidos em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) diferentes. O objetivo era evitar uma possível comunicação entre eles.
Os dois vão ficar presos agora no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB), sob custódia do Comando Militar do Planalto (CMP). Conforme apurou a CNN, serão acomodados em quartos com banheiros (prisões especiais), com aproximadamente 20 metros quadrados. Esses locais possuem: cama, mesa, cadeira, armário, frigobar e TV.
Eles estavam detidos desde o último dia 19 de novembro no 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro. Eles foram alvos da operação Contragolpe, da Polícia Federal, que prendeu quatro militares e um agente da polícia federal.
O grupo é acusado de arquitetar um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A ação aconteceria, segundo investigadores, no fim de 2022, pouco antes de o novo governo ser empossado.
A transferência dos militares foi autorizada na segunda-feira (2) pelo ministro Alexandre de Moraes, que também liberou visitas de familiares, esposas e filhos. Pela decisão, outros visitantes precisarão de uma autorização especial do magistrado.
Já indiciado pela PF, o general da reserva Mario Fernandes teria sido o responsável pela elaboração do planejamento operacional “Punhal Verde Amarelo”, ação clandestina que visava assassinar Moraes, Lula e Alckmin.
*Com informações de Jussara Soares