‘Meu nome está colocado’, diz Haddad sobre eleições de 2022
Ex-prefeito, no entanto, insiste que prioridade do PT é retomar os direitos políticos do ex-presidente Lula, que é o plano A para enfrentar Bolsonaro nas urnas
Segundo colocado das eleições presidenciais de 2018, o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) admitiu nesta sexta-feira (5), em entrevista à CNN, que pode concorrer novamente ao Palácio do Planalto em 2022.
“Meu nome está colocado, evidentemente está colocado”, disse Haddad, entrevistado pelas âncoras da CNN Daniela Lima e Gloria Vanique.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta sexta revelou que o ex-ministro foi escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser o candidato do partido no pleito de outubro do ano que vem — isto se o próprio Lula não conseguir autorização da Justiça para concorrer.
À CNN, Haddad afirmou que o partido segue focado na defesa de uma ação apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) que acusa Sergio Moro, ex-juiz e ex-ministro da Justiça, de não ser sido um magistrado imparcial na condução da Operação Lava Jato e na condenação do petista.
Caso Moro seja considerado suspeito, Lula pode voltar a ser elegível. “O Lula recuperando os direitos políticos, evidentemente, a discussão é de outro nível, porque eu acredito que o Lula teria sido eleito, em 2018, se ele pudesse concorrer”, afirmou Fernando Haddad.
‘Projeto de país’
Enquanto aguarda uma definição da Justiça sobre o caso de Lula, Haddad disse ter sido incumbido pelo ex-presidente a trabalhar na construção de “um projeto de país” que o PT possa defender nas urnas em 2022.
Segundo o ex-ministro, o partido pretende iniciar as discussões já em 2021, focado na defesa da retomada do auxílio emergencial, em incentivos à vacinação e com prioridade para uma política de relações exteriores.
“Se nós não começarmos agora a discutir com o país, 2021, combater a fome, o desemprego e a questão sanitária, nós não vamos ter 2022”, afirmou Fernando Haddad.
O candidato a presidente em 2018 Fernando Haddad (PT)
Foto: CNN (05.fev.2021)