“Meu chefe que manda. Farei o que comandar”, diz Mario Frias sobre permanência na pasta
Sob críticas por gastos no exterior, secretário nacional da Cultura afirmou à CNN que não tem planos além de ajudar o presidente Jair Bolsonaro
O secretário nacional da Cultura, Mario Frias, disse nesta quinta-feira (17) à CNN que a sua permanência no cargo é uma decisão exclusiva do presidente Jair Bolsonaro.
O ator tem sofrido críticas nas redes sociais por gastos feitos em viagem de trabalho aos Estados Unidos, no ano passado. Após a repercussão negativa, o secretário nacional não fez parte da comitiva do presidente ao leste europeu.
“O meu chefe que decide”, afirmou Frias. “O meu chefe que manda. Farei o que comandar”, acrescentou, ressaltando que não tem planos “além de ajudar” o presidente.
O Ministério Público solicitou na sexta-feira (11) que o Tribunal de Contas da União apure os gastos de mais de R$ 39 mil da viagem do secretário nacional.
De acordo com os registros na agenda da Secretaria Especial de Cultura, durante a viagem Mario Frias se encontrou com o empresário Bruno Garcia, o lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie e com dois produtores da Broadway, tradicional indústria americana de teatro musical.
Em conversa com a CNN, Frias afirmou que segue atuando na pasta todos os dias, “às vezes à noite também”.
Os gastos públicos durante a viagem causaram desgaste também na imagem do secretário junto a assessores do governo, mas auxiliares palacianos não acreditam em uma saída dele em fevereiro.
Eles destacam que Frias é muito próximo dos filhos do presidente, o que poderia lhe garantir a permanência no cargo, e lembram da pretensão do secretário de sair candidato a deputado federal neste ano.
Caso seja candidato, Frias terá de se desincompatibilizar da função até o final de março, por isso, dizem assessores palacianos, não faria sentido uma saída neste momento se ele poderia deixar o posto daqui a um mês.