‘Messer chega para corroborar informações de outras delações’, diz procurador
Vagos explica que Messer atuava em uma rede de doleiros que nem sempre sabiam dos clientes de outras pessoas
A delação premiada de Dario Messer, conhecido como “o doleiro dos doleiros”, voltou a agitar o mundo político e chamou a atenção pela renúncia ao patrimônio aceita pelo criminoso, que irá devolver aos cofres públicos R$ 1 bilhão. Segundo o procurador do estado do Rio de Janeiro José Augusto Vagos o valor alto só foi fechado devido ao atraso do acordo com o doleiro, o que forçou “cláusulas mais duras.”
“Ele é investigado há mais de 15 anos. Foi investigado na operação sexta 13 e ficou foragido naquele período. Sua delação vem corroborar as acusações que fazemos contra ele e confirmar informações de outras delações que temos.”
Leia também
Em delação, Dario Messer mencionou lavagem de dinheiro usando criptomoedas
André Mendonça troca diretor de Integração da Segurança Pública
Vagos diz que Messer atuava em uma rede de doleiros que nem sempre sabiam dos clientes de outras pessoas, mas que trabalhavam em conjunto. Assim, a delação de Messer chegaria para juntar os pontos da investigação central para que o MP possa entender a rede de lavagem de dinheiro.
“Delação de Messer veio ao encontro de outras informações que tínhamos obtido os operadores dele. Colaboração dele trouxe mais elementos para que as investigações identifiquem toda a clientela do esquema. Como Messer atuava com outros doleiros, nem sempre se sabia quem eram os clientes.”