Mesmo afastada, juíza Gabriela Hardt seguirá recebendo salário
Manter a remuneração é o rito padrão para magistrados que passam por processos disciplinares
A juíza federal Gabriela Hardt seguirá recebendo salário normalmente após ter sido afastada pelo Conselho Nacional de Justiça, no âmbito da Correição Extraordinária.
O rito de manter a remuneração é padrão para qualquer magistrado que passa por algum tipo de Processo Administrativo Disciplinar, pois exige-se que a investigação e os encaminhamentos sejam concluídos para poder haver algum tipo de impacto financeiro ao servidor público.
De acordo com o Portal da Transparência do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Hardt recebe uma remuneração base de R$ 33.924,93 que com o acréscimo de gratificações e indenizações, fica na base dos R$ 50 mil mensais.
A magistrada Gabriela Hardt é natural do Paraná e possui 48 anos. No TRF4, ocupa uma cadeira de juíza desde 2009. Em 2014, tornou-se juíza substituta e assumiu o lugar de Sérgio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato.
Em 2019, Hardt ficou conhecida por conduzir um interrogatório do presidente Lula e ter o advertido com “se continuar nesse tom comigo, a gente vai ter problema”.
A juíza foi afastada pelo CNJ na última segunda-feira pelo Ministro Luís Felipe Salomão por “infrações administrativas graves” e “fortes indícios de faltas disciplinares e violações a deveres funcionais da magistrada” durante a criação da Fundação Lava Jato.