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    Mensagens de Cid provam que existia “organização criminosa, terrorista e antidemocrática” no Planalto, diz Padilha à CNN

    A Polícia Federal (PF) teria encontrado um “roteiro de golpe” que incluía o afastamento dos ministros do STF e a nomeação de um interventor no celular de Mauro Cid

    Fernanda Pinottida CNN

    em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (16), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que as mensagens encontradas no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), “provam que existia uma verdadeira organização criminosa, terrorista e antidemocrática coordenada dentro do Palácio do Planalto”.

    Ele chamou o caso de “gravíssimo” e disse que essa organização “infelizmente contaminou pessoas em várias instituições civis e militares”.

    No celular de Mauro Cid, teria sido encontrado um “roteiro de golpe”, que incluía o afastamento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski e a nomeação de um interventor para restaurar a “ordem constitucional”. As informações foram divulgadas primeiro pela revista Veja.

    Além disso, foram identificadas mensagens do coronel Jean Lawand, clamando a Cid por um golpe. O conteúdo trazia pedidos de Lawand para que Cid convencesse Bolsonaro a ordenar uma intervenção militar no país, após a derrota nas eleições para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Padilha disse que, desde o início do governo, Lula determinou a apuração individual e o afastamento do cargo de qualquer indivíduo que estivesse envolvido em algum planejamento de golpe de Estado.

    O ministro também falou que a nova revelação “só reforça o papel que estamos fazendo na CPMI [do 8 de janeiro]”. E comemorou a vitória da base governista nas primeiras semanas da Comissão.

    “Nós barramos a ideia terraplanista que tenta transformar as vítimas do golpe de 8 de janeiro nos responsáveis”, disse.

    Veja a entrevista completa no vídeo acima.

    *Entrevista produzida por Daniel Rittner, da CNN, em Brasília