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    MEC exonera gerente de projetos próximo a pastores

    Gerente de projetos da secretaria-executiva da pasta, Luciano de Freitas Musse, acompanhou o pastor Arilton Moura em audiência no Ministério da Educação antes de ser nomeado para o posto

    Gustavo UribeGiovanna Inoueda CNN , Brasília

    O ministro interino da Educação, Victor Godoy Veiga, exonerou nesta quarta-feira (30) o gerente de projetos da secretaria-executiva da pasta, Luciano de Freitas Musse.

    A exoneração, conforme publicado no Diário Oficial da União, foi feita a pedido. Mas de acordo com relatos à CNN, a saída de Freitas Musse foi decisão do Palácio do Planalto, uma vez que o advogado teria sido indicado ao cargo pelos pastores evangélicos investigados no escândalo da pasta, e faria parte de um esforço do governo federal para arrefecer a crise política que culminou no pedido de demissão de Milton Ribeiro, na última segunda-feira (28).

    O servidor público, antes de ser nomeado para o posto, acompanhou o pastor Arilton Moura em audiência no Ministério da Educação. A agenda oficial mostra a presença de ambos, em uma visita de cortesia, no dia 6 de janeiro de 2021.

    No mesmo dia da demissão, a CNN já havia antecipado que o então secretário-executivo Victor Godoy Veiga era o principal nome cotado para assumir a pasta.

    Segundo aliados de Milton Ribeiro, ele ainda não decidiu se irá comparecer nesta quinta-feira (31) a depoimento na comissão de educação e cultura do Senado Federal.

    O presidente da comissão parlamentar, senador Marcelo Castro (MDB-RJ), disse que caso o ex-ministro não compareça é possível que o Senado Federal se mobilize para a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).

    Em um áudio obtido pelo jornal “Folha de S.Paulo” e em reportagens do “O Estado de S. Paulo”, Ribeiro é envolvido no que seria um esquema de favorecimento a pastores na pasta.

    Em uma conversa gravada, o ministro afirma que recebeu um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) para que a liberação de verbas da pasta fosse direcionada para prefeituras específicas a partir da negociação feita por dois pastores evangélicos que não possuem cargos no governo federal.

    Na semana passada, Ribeiro negou que tenha favorecido pastores. Em nota enviada à CNN, o ministro dizia ainda que o presidente “não pediu atendimento preferencial a ninguém, solicitou apenas que pudesse receber todos que nos procurassem”.

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