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    MDB e PSD vão a jantar, mas resistem a frente ampla com PT

    Partidos apostam que as candidaturas de Simone Tebet e Rodrigo Pacheco decolem ainda no primeiro semestre de 2022

    Caio Junqueirada CNN

    O PT trabalha para tentar desmobilizar as pré-candidaturas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e da senadora Simone Tebet (MDB) ao Planalto e criar uma frente ampla que una partidos de esquerda e de centro contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) já no primeiro turno, mas há resistências para que isso ocorra.

    No MDB, a ala que foi base desde o início base do governo Lula — Renan Calheiros, Jader Barbalho, Roberto Requião — começam a defender nos bastidores o apoio formal ao petista. Renan, inclusive, participou do jantar neste domingo (19) em São Paulo, que propiciou a primeira aparição pública entre Lula e Geraldo Alckmin.

    “Eu acho que vem por aí um grande movimento de unidade da centro-esquerda com o centro e com Lula. O MDB está vivendo a pré-candidatura da Simone Tebet mas a convenção do partido em agosto é que vai definir o caminho que vamos seguir”, disse à CNN o senador Renan Calheiros.

    No entanto, há resistências a uma consolidação já em primeiro turno. A cúpula do partido, porém, acelera a pré-candidatura de Tebet. Já contratou um marqueteiro, Felipe Soutello, para cuidar da sua pré-campanha e a ideia é que até maio ela chegue a 8% das intenções de voto, considerado suficiente para dissipar as dissidências internas.

    Hoje ela tem 1%, mas só é conhecida por 3% do eleitorado. A avaliação é a de que a ala lulista do partido hoje é minoritária, a despeito dos nomes de peso que a integram.

    No PSD a situação é semelhante. O PT tem interesse em fechar uma coligação, mas a cúpula do partido rejeita a ideia. “Teremos candidatura própria”, disse à CNN o presidente da sigla, Gilberto Kassab, também presente no jantar.

    Um gesto dele nesse sentido chamou a atenção no jantar: ele se recusou a tirar foto com Lula e outros presidentes de partido como Paulinho da Força (SD), Luciana Santos (PCdoB), Gleisi Hoffmann (PT), Baleia Rossi (MDB) e Carlos Siqueira (PSB).

    O PT, porém, aposta que até o primeiro semestre as conversas nesse sentido possam avançar.

    “A ideia aqui é delinear um campo nacional dentro de uma perspectiva de compreender a responsabilidade conjuntural e permitir que quem assuma possa fazer um governo de reconstrução nacional e diálogo com todos os setores da sociedade”, disse à CNN o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), um dos articuladores da pré-campanha de Lula.

    Para ele, há um campo político no país à direita, formado pelas pré-candidaturas de Sergio Moro (Podemos), João Doria (PSDB), Jair Bolsonaro (PL) e Alessandro Vieira (Cidadania) e o outro campo que o jantar ajudou a consolidar.

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