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    Mauro Cid presta depoimento à PF sobre Bolsonaro e hacker

    Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro será interrogado dentro do inquérito que apura as ações de Walter Delgatti Neto e suposto plano de invadir urnas eletrônicas

    Da CNN

    O tenente-coronel Mauro Cid prestou novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (28). Ele chegou à sede da PF, em Brasília, por volta das 10h e saiu às 20h, após dez horas depondo.

    Bolsonaro e hacker

    O militar será ouvido dentro do inquérito que apura as ações do hacker Walter Delgatti Neto, preso por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

    Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, Delgatti afirmou que se encontrou com Bolsonaro no Palácio da Alvorada em agosto de 2022, quando os dois teriam conversado sobre a possibilidade de invasão às urnas eletrônicas. O caso também envolve a deputada federal Carla Zambelli (PL).

    A PF procura entender, por meio de Cid, o teor dessa reunião. Então ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel acompanhava o ex-presidente em suas atividades e também cuidava das agendas.

    Ex-ajudante preso

    Mauro Cid está preso desde maio, suspeito de envolvimento em um esquema de fraude em cartões de vacinação de familiares e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele também é investigado no caso das vendas de joias sauditas do governo brasileiro no exterior.

    Os investigadores entendem que, como auxiliar de Bolsonaro, Cid acompanhava o ex-presidente nas suas atividades e também cuidava de suas agendas. Por isso, ele tem sido questionado sobre o que sabe a respeito do encontro com Delgatti no Alvorada.

    A suspeita é de que Cid teria acompanhado a reunião, além de também ter viabilizado encontros do hacker com representantes do Ministério Defesa.

    Na última sexta-feira, a PF já havia ouvido o militar sobre o caso. O depoimento durou duas horas, mas nem todas as perguntas foram respondidas sob a justificativa da defesa de não ter tido acesso a informações sigilosas do processo.

    Os dados foram repassados pelos investigadores ao advogado do militar, Cezar Bitencourt.

    Publicado por Léo Lopes, com informações de Elijonas Maia, Gustavo Uribe e Marina Demori, em Brasília

    Veja também: CPMI do 8/1 articula acordo de delação para Mauro Cid

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