Marina Silva defende Brasil “protagonista” na COP27 e preservação ambiental como interesse nacional
Sobre a possibilidade de assumir o Meio Ambiente, Marina disse que Lula deve ter “tranquilidade” para escolher o ministro com base em “seus objetivos estratégicos”
A ex-ministra Marina Silva (Rede) disse em entrevista à CNN nesta segunda-feira (7) que o Brasil deve adotar postura de “protagonista” na COP27, que acontece entre os dias 6 e 18 deste mês no Egito.
“Um dos passos [para o avanço da agenda de preservação] é a volta do Brasil ao terreno das COPs como protagonista. No governo [Jair] Bolsonaro eles sempre condicionam controlar o desmatamento a que nos paguem para fazer isso. E o Brasil vai dizer, sim, quer a cooperação internacional, mas preservar a Amazônia e os biomas brasileiros é interesse nosso”, apontou.
Apesar de valorizar a participação ativa dos enviados brasileiros na Conferência, a ex-ministra diz acreditar que o “principal passo” para o avanço da agenda de preservação no país foi a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Marina, a gestão atual “prejudicou as políticas ambientais” no país.
Questionada sobre seu papel na campanha de Lula e a possibilidade de assumir o Ministério do Meio Ambiente do governo eleito, Marina disse estar “feliz por ter contribuído programaticamente, eleitoralmente, politicamente” com o petista.
“O presidente Lula está focado agora em como organizar a transição antes de fazer a viagem [para o Egito]. Ele vai ter o tempo necessário até a posse para escolher os seus ministros. O que eu tenho dito é que o presidente tem que ter a tranquilidade para fazer esse processo, olhando para o que são seus objetivos estratégicos dentro do governo”, disse.
Marina ainda enumerou aquelas que devem ser as prioridades do governo eleito em relação ao meio ambiente.
“Independente de quem seja o ministro nomeado, tem algumas questões que são fundamentais: recompor o orçamento do ministério do meio ambiente, fortalecer o ICMBio, o Ibama, o INPE e fazer uma contenção para que o pacotes de destruição não andem no Congresso”, completou.
Publicado por: Danilo Moliterno. Produção por: Ludmila Candal