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    Marcelo Crivella passa a primeira noite em casa depois da prisão

    A Justiça determinou que fossem retirados do imóvel os terminais telefônicos fixos, computadores, tablets, laptops, celulares e smart TVs do apartamento

    Isabelle Saleme, , da CNN, no Rio

    Depois de passar uma noite na Cadeia Publica José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, o prefeito afastado do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, está de volta ao apartamento da família para passar o Natal. Ele mora em um condomínio de alto padrão na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade.

    A Justiça determinou que fossem retirados do imóvel os terminais telefônicos fixos, computadores, tablets, laptops, celulares e smart TVs. Também estabeleceu que as empresas de telefonia fixa e de internet interrompessem os respectivos sinais.

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    Até a noite de quarta-feira (23), nem o Tribunal de Justiça do Rio, nem a Polícia Civil informaram se essa apreensão já tinha sido feita. No entanto, um veículo da polícia esteve no prédio do prefeito afastado momentos após a chegada dele.

    Marcelo Crivella deixou o presídio de Benfica, que tem celas de 16 metros quadrados com capacidade para até seis presos, por volta das sete e vinte da noite de quarta-feira. Ele seguiu de carro em direção ao condomínio. Os apartamentos no complexo de prédios têm até seis quartos e 900 metros quadrados.

    A determinção de substituir a prisão preventiva de Crivella pela domiciliar com tornozeleira eletrônica a Crivella foi dada na terça-feira (22), no mesmo dia da operação que o levou para a cadeia, pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins.

    Na decisão, que é provisória, Martins afirma que embora haja elementos que justifiquem a prisão preventiva, há, também, possibilidade de adoção de medidas cautelares menos graves. Além disso, Crivella, com mais de 60 anos, integra o grupo de risco da Covid-19. 

    Durante toda a quarta-feira houve a expectativa de que o prefeito afastado deixaria a prisão. Mas por uma decisão da desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, relatora do procedimento que investiga o funcionamento de um “QG da propina” na Prefeitura do Rio, exigiu que todo tipo de comunicação externa fosse cortada da casa do prefeito afastado para que somente depois fosse autorizada a saída dele da cadeia.

    Então, acatando a um pedido da defesa de Crivella, o próprio ministro do STJ Humberto Martins ordenou a “imediata expedição” do alvará de soltura do prefeito e também pediu explicações ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Claudio de Mello Tavares, sobre o “não cumprimento” da sua decisão. 

    A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária informou que as determinações que constavam no alvará de soltura expedido pelo STJ foram cumpridas. Quanto aos outros presos durante na operação da Polícia Civil, a Seap informou que já foram transferidos para outras unidades, cumprindo as decisões judiciais.

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