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    Marcelo Crivella destaca combate à pandemia promete manter reabertura no Rio

    Prefeito do Rio de Janeiro, candidato à reeleição, diz que não houve morte na cidade por falta de leito ou equipamento durante a pandemia do novo coronavírus

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

    O atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), candidato à reeleição, falou nesta terça-feira (3), em entrevista à CNN, sobre suas propostas um eventual segundo mandato à frente da cidade.

    Ele destacou o combate à corrupção na sua gestão – minimizando denúncias contra ele próprio e contra o ex-presidente da Riotur, Marcelo Alves –, e prometeu continuar reabertura da cidade, desde que respeitados critérios como uso de máscara e distanciamento social.

    “ Hoje no Rio de Janeiro, temos curvas [de casos e mortes por Covid-19] caindo há meses. Aqui, temos praias lotadas e bares em que as pessoas não usam máscara. Fiz uma repressão imensa no início e não consegui conter. Qual foi a mudança na nossa curva de contaminação, de necessidade de leitos? Muito pequena. Se fizer a conta das 10,9 mil pessoas que perdemos até a semana passada dividida pelos 6,7 milhões de habitantes, você vai encontrar 0,1%, o que significa que, ainda sem vacina, estamos dominando esta crise”, afirmou Crivella.

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    O prefeito disse ainda que nenhuma pessoa morreu da capital fluminense por falta de leito, monitor, respirador ou bomba infusora e que o último hospital de campanha mantido na cidade é usado em apenas um quinto da sua capacidade de atender 500 pessoas.

    “Chegou o momento de retomar as atividades, quem é jovem precisa trabalhar. O que queremos é que as pessoas continuem usando máscara, higienizando as mãos, e os idosos e pessoas com comorbidades se afastem de aglomerações ou atividades desnecessárias”, explicou.

    Crivella disse também acreditar que as mutações sofridas pelo vírus do novo coronavírus diminuíram sua letalidade e que a cidade está construindo uma imunidade de rebanho que garantirá que não haja uma segunda onda de infecções por Covid-19.

    “Todos países que fizeram lockdown tiveram uma segunda onda, claro que menor que a primeira, mas que traz um desalento enorme para a economia. Aqui no Rio de Janeiro, não há risco disso no horizonte e o conselho científico é da opinião que devemos retomar nossas atividades, com essa regras de ouro.”

    Marcello Crivella
    O candidato do Republicanos à Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella
    Foto: Reprodução (2.nov.2020)/CNN

    Denúncias de corrupção

    Confrontado sobre a suposta existência de um Quartel-General (QG) da corrupção em sua gestão, como denunciado pelo Ministério Público, ele negou as acusações e ainda defendeu o ex-presidente da Riotur.

    “O Marcelo Alves fez uma gestão excelente à frente da Riotur. Para você ter uma ideia, o Réveillon custava R$ 20 milhões no governo anterior e, no ano passado, custou R$ 10 milhões. O Carnaval custava R$ 70 milhões para prefeitura, hoje não custa um tostão – a iniciativa privada banca o Carnaval que é tão bonito ou até melhor”, disse.

    “É uma denúncia que eu diria que o MP está cumprindo tabela, mas não deu em nada. Tinha um sigilo sobre essa operação, fizeram busca e operação na minha casa, eu pedi para tirar o sigilo, e o que que deu? Absolutamente nenhuma prova. Em 4 anos, apenas uma fofoca”, afirmou.

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    Para Crivella, a corrupção tem como efeito colateral o aumento da violência na cidade, já que seria um dos fatores para membros de milícias e do tráfico de drogas desrespeitarem as autoridades.

    “A força que eles têm é na corrupção dos políticos. A medida que governadores são afastados sucessivamente no governo do estado, que saem escândalos de depósitos no exterior, isso desmoraliza a classe política e enche essas pessoas de um falso orgulho para dizer que ‘todo mundo é bandido, ninguém presta’. É preciso enfrentá-los, acima de tudo, com exemplo”, afirmou.

    Por fim, o prefeito afirmou que, se permanecer mais quatro anos à frente da gestão municipal, espera entregar uma “cidade viável, que não esteja sujeita às ambições desvairadas e insaciáveis de grupos políticos”.