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    Manuela diz que Porto Alegre está abandonada e propõe crédito a empreendedores

    Candidata do PCdoB propõe priorizar pagamento de servidores e direcionar compras públicas para pequenas e médias empresas

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    A candidata do PCdoB à prefeitura de Porto Alegre, Manuela D’Ávila, afirmou nesta terça-feira (13), em sabatina à CNN, que uma das suas principais propostas para a cidade é o foco em incentivos aos pequenos e médios empreendedores locais. 

    A ex-deputada federal afirmou que pretende promover um programa de empréstimos a esses empreededores com um valor total na casa dos R$ 200 milhões. Segundo Manuela, “esses são os [empresários] que mais geram emprego e renda.”

    Questionada pela âncora Daniela Lima sobre como arrecadaria os recursos para financiar esse crédito, a candidata do PCdoB defendeu um depósito de recursos públicos, na faixa dos R$ 15 milhões, em um fundo garantidor para os empréstimos tomados por esses empreendedores.

    Manuela D’Ávila também afirmou que a capital gaúcha está “abandonada” em termos de serviços públicos e criticou a “tese de déficit” do atual prefeito, Nelson Marchezan Júnior (PSDB). A candidata considera que a política de ajuste fiscal promovida por Marchezan deixou a cidade em “déficit social”.

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    “O atual governo fez muito malabarismo contábil para justificar uma crise e defender a tese do déficit. Nós acreditamos que, com isso, o déficit real que sobrou para o povo de Porto Alegre é o déficit social, o abandono da nossa cidade”, afirmou.

    A candidata do PCdoB afirmou ainda que honrar os salários dos servidores públicos municipais estará “em primeiríssimo lugar” e ajudará a promover os serviços públicos. “Pagar os servidores é uma forma de honrar o trabalho dessas pessoas e movimentar a economia”, disse.

    Ainda na temática das pequenas empresas, Manuela D’Ávila citou informações atribuídas ao Sebrae de que a Prefeitura de Porto Alegre gasta apenas 9% das compras que faz anualmente com os PMEs.

    A sugestão dela é elevar esse percentual para 20%, promovendo compras de merenda com estabelecimentos e agricultores locais.

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    Candidata a prefeitura de Porto Alegre, Manuela D’Avila (PCdoB), em entrevista para a CNN (13.out.2020)
    Foto: CNN Brasil

    Bolsonaro

    Questionada a respeito da sua relação com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Manuela, que foi candidata a vice-presidente na chapa que enfrentou Bolsonaro no segundo turno, afirmou que “os repasses para estados e municípios não são um favor”.

    A candidata do PCdoB afirmou que os adversários que afirmam que podem atrair mais recursos para a cidade por uma proximidade com o presidente ou com o governador Eduardo Leite (PSDB) estão enganados.

    “Eu aprendi, nos espaços que ocupei no parlamento, que o gestor deve ser ativo. As pessoas às vezes têm a ilusão de que o gestor que é amigo do presidente vai ser mais beneficiado, mas eu não acho que isso é verdade. Depende de quem vai lutar pelo seu povo, que é quem alcançará mais recursos.”

    Perfil

    Manuela D’Ávila é jornalista formada, foi vereadora, deputada estadual e deputada federal. Em 2018, concorreu ao cargo de vice-presidente da República na chapa de Fernando Haddad (PT).

    Esta é a terceira vez que é candidata à prefeitura de Porto Alegre, tendo ficado em terceiro lugar em 2008 e em segundo lugar em 2012. Seu candidato a vice-prefeito é o ex-ministro Miguel Rossetto (PT).

    CNN sabatina nesta semana os quatro candidatos a prefeito de Porto Alegre que ocupam os primeiros lugares nas intenções de voto segundo a última pesquisa do instituto Ibope. Manuela, com 24%, aparece em primeiro lugar. 

    Nos próximos dias, serão entrevistados os candidatos José Fortunati (PTB), em segundo com 14%, Sebastião Melo (MDB), em terceiro com 11%, e Nelson Marchezan Júnior (PSDB), em quarto com 9% das intenções de voto.

    A pesquisa Ibope foi colhida entre os dias 3 e 5 de outubro, ouvindo 805 pessoas. O questionário foi registrado sob o indicador RS-07152/2020, com nível de confiança de 95% e margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O contratante da pesquisa é a TV RBS, afiliada da TV Globo no Rio Grande do Sul.