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    “Manifestação não teve resultado prático”, diz líder do governo à CNN sobre ato de Bolsonaro

    Randolfe Rodrigues também afirmou que o ex-presidente buscou “intimidar” a Justiça

    Gabriel Garciada CNN

    Brasília

    O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou, nesta terça-feira (27), em entrevista à CNN, que a manifestação promovida para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último domingo (25) não teve efeito prático.

    “Fora a aglomeração, qual o resultado prático da manifestação? Me parece que nenhum. A vida continua como está”, disse Randolfe. O líder também afirmou que Bolsonaro buscou “intimidar” a Justiça.

    “Me parece que o ex-presidente buscou naquela manifestação uma fotografia para, sobretudo, intimidar a Justiça e a Polícia Federal, que o está investigando”, concluiu o senador.

    O entorno de Lula reconhece que Bolsonaro conseguiu mobilizar um número grande de militantes.

    O Palácio do Planalto, no entanto, considera que é natural que, passado um ano do pleito federal, Bolsonaro tenha grande poder de mobilização.

    O discurso da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro gerou receio entre auxiliares do Planalto. O tom messiânico, nas palavras de ministros petistas, é o que tem segurado o voto dos eleitores evangélicos e atrapalhado o avanço de Lula sobre um eleitorado que tem crescido no país, principalmente em grandes centros urbanos.

    Por isso, Lula avalia políticas públicas em direção ao eleitorado religioso e tem considerado um encontro com pastores evangélicos, no Palácio da Alvorada.

    Desoneração

    Randolfe Rodrigues também disse que Lula deve assinar ainda nesta semana, antes de viajar para encontro bilateral na Guiana, uma nova medida provisória (MP) para revogar parte da MP anterior que trata da reoneração da folha de pagamentos. O Executivo enviará um projeto de lei com urgência constitucional sobre o tema.

    “O presidente da República, provavelmente antes de embarcar para a Guiana, deverá assinar o encaminhamento do projeto de lei separando a questão desoneração e reoneração e editar uma medida provisória que retira esse aspecto […] Ainda nesta semana, inevitavelmente, chegará aqui ao Congresso o projeto de lei e a revogação”, afirmou, em entrevista a jornalistas.

    Os outros assuntos abordados na atual MP 1202, editada em dezembro de 2023, ainda estão em negociação com a Câmara dos Deputados, segundo Randolfe. É o caso do Programa de Retomada Emergencial do Setor de Eventos (Perse), que isenta de tributos empresas do setor. Na MP, o governo determinou a retomada da cobrança gradual, a partir de abril de 2024, dos tributos como PIS/Pasep e Cofins de empresários da área de eventos.