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    Pessimismo com a economia aumentou desde o início do governo Lula, diz Datafolha

    De acordo com a pesquisa, 26% dizem que a situação econômica do país deve piorar nos próximos meses, ante 20% no levantamento anterior, de dezembro

    Pedro Zanattada CNN , em São Paulo

    O número de brasileiros que dizem acreditar em uma piora da economia nos próximos meses aumentou em março, segundo dados da pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (2). O levantamento sobre o tema é o primeiro feito após o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Segundo a pesquisa, 26% dizem que a situação econômica do país deve piorar nos próximos meses, mesmo resultado daqueles que acreditam que não haverá mudança.

    No levantamento feito em dezembro, após a eleição de Lula, o percentual dos que acreditavam em uma piora da economia era de 20%.

    Uma queda foi registrada entre os que contam com uma melhora da atividade econômica, passando de 49%, em dezembro, para 46% em março.

    Foram feitas 2.028 entrevistas entre os dias 29 e 30 de março em todo o país, distribuídas em 126 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

    Com relação à situação do país nos últimos meses, 41% dos entrevistados dizem que está igual (eram 35%), enquanto 35% falam em piora (38% anteriormente) e, para 23%, o cenário melhorou (ante 26% na edição anterior).

    Ao serem questionados sobre sua situação econômica pessoal, 56% disseram que irá melhorar (contra 59%), enquanto 14% responderam que irá piorar (eram 11% na última pesquisa) e, mantendo o mesmo patamar, 28% relatam que deverá ficar como está.

    Desemprego

    Já com a expectativa de desemprego, o pessimismo também aumentou, na comparação com a pesquisa anterior. Para 44% a taxa de desemprego deve aumentar (eram 36%), enquanto 29% esperam uma redução do índice (ante 37%).

    Dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram um aumento do desemprego no país.

    De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), publicada na sexta-feira (31), a taxa média de desemprego no Brasil subiu a 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro.

    Em comparação aos três meses anteriores, a taxa de desocupação aumentou 0,5 ponto percentual (p.p), e o número de desocupados cresceu 5,5%, totalizando 9,2 milhões de pessoas.

    Inflação

    A pesquisa Datafolha observou ainda como os brasileiros avaliam a inflação. Para 54%, o índice deve aumentar nos próximos meses (eram 39% em dezembro). Já 20% afirmam que a inflação deve diminuir e 24% acreditam que ela não deve mudar.

    Em fevereiro, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) —que mede a inflação oficial do país–, acelerou a  0,84%, após alta de 0,53% em janeiro.

    Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 5,60%. Apesar da aceleração mensal para a taxa mais elevada desde abril de 2022, o índice passou a acumular nos 12 meses até fevereiro, já que, no mês anterior, o avanço foi de 5,77%.

    O número permanece acima do centro da meta para 2023, de 3,25%, e do teto da meta, de 4,75%.

    Por fim, com relação ao poder de compra das famílias, 33% dizem que deve aumentar, 31% esperam uma redução e 34% não enxergam mudança.

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