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    Mais armas para CACs são fonte para o crime, diz ex-ministro da Defesa

    Raul Jungmann disse concordar com a decisão da ministra do STF, Rosa Weber, de suspender os decretos que facilitam o acesso a armas no Brasil

    Produzido por Rudá Moreira, da CNN, em Brasília

     O ex-ministro da Defesa, Raul Jungmann disse concordar com a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, de suspender os decretos que facilitam o acesso a armas no Brasil. Segundo ele, as medidas vão servir para aumentar o acesso a armas legais para criminosos.

    “Colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) são uma fonte de arma para o crime organizado. Assalto na vida real não é filme de bang bang e quem fica com a arma são os criminosos,” disse o ex-ministro, que lembrou de uma história do presidente Jair Bolsonaro, que defende o aumento do acesso a armas.

    “Há 20 anos um parlamentar do Rio de Janeiro tinha uma moto e estava armado. Foi surpreendido por um assaltante que levou sua arma e moto. O parlamentar era Jair Bolsonaro. Esse é um exemplo micro de uma cenário abrangente.”

    Jungmann relembrou que de 2019 para 2020 aumentou em 90% o número de armas de fogo vendidas no Brasil e, no mesmo período, os crimes violentos por armas aumentou após anos em queda.

    Outro ponto levantado pelo ex-ministro é a motivação em adotar as medidas, uma vez que não há no momento ameaças externas e diz que armar a população pode levar a uma guerra civil.

    “Armar a população significa que estamos na expectativa de conflito entre brasileiros, mas não existe ameaça à nossa liberdade, então para que armar a população? Ao fazer isso você quebra o monopólio da violência legal, que é do estado, e desfaz o papel das Forças Armadas. Foi o armamento da população que levou a Alemanha ao nazismo.”

    Arma; Pistola
    Foto: Thomas Def/Unsplash

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