Mais 2 governadores deixam cargo na data limite; veja quem sai para disputar eleições
Renan Filho, em Alagoas, e Camilo Santana, no Ceará, renunciaram no último dia previsto pela legislação eleitoral; ao todo, seis governadores podem disputar eleições em outubro


Os governadores Renan Filho (MDB), de Alagoas, e Camilo Santana (PT), do Ceará, formalizaram no sábado (2) suas renúncias para poderem disputar as eleições de 2022. As iniciativas ocorreram na data limite prevista pela legislação eleitoral para o afastamento dos cargos, a seis meses do pleito, em outubro.
Outros quatro governadores já haviam deixado as funções durante a semana: Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, João Doria (PSDB), de São Paulo, Flávio Dino (PSB), do Maranhão, e Wellington Dias (PT), do Piauí.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), que está no final de seu segundo mandato, desistiu de concorrer a outro cargo. Ele vinha sendo incentivado, inclusive pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a tentar uma vaga no Senado, mas decidiu permanecer no governo até o final do ano.
Quem pode concorrer à Presidência
Dos seis governadores que renunciaram, dois podem vir a ser candidatos ao Planalto.
Doria deixou o comando de São Paulo como pré-candidato à Presidência pelo PSDB. Ele venceu as prévias do partido em novembro de 2021, mas vem sendo pressionado a desistir por não ter decolado nas pesquisas de intenção de voto, e sofre resistências dentro do próprio partido devido à sua alta rejeição.
O vice Rodrigo Garcia (PSDB) assumiu o governo paulista e deve ser candidato à reeleição.
Derrotado nas prévias do PSDB, Leite deixou a função de governador do Rio Grande do Sul ainda sem definir a que cargo irá concorrer. Ele reconheceu a legitimidade do processo de escolha do partido, mas tem dito que as prévias não são definitivas. O PSDB deve definir um candidato após negociações com o Cidadania, o MDB e o União Brasil.
Quem assume o comando do governo gaúcho é o vice Ranolfo Vieira Júnior (PSDB).
Quem pode concorrer ao Senado
Os outros quatro governadores que estavam no fim do segundo mandato e, por isso, não poderiam tentar a reeleição, devem entrar na disputa por uma vaga no Senado em 2022.
No Ceará, Camilo Santana passou o cargo a Izolda Cela (PDT), vice-governadora e agora a primeira mulher a comandar o estado. Ele irá concorrer ao Senado, enquanto a vice tentará a reeleição.
Em Alagoas, Renan Filho também renunciou para tentar uma vaga como senador ― caso eleito, ele atuará ao lado do pai em Brasília. O cargo, porém, não foi assumido pelo vice, porque Luciano Barbosa, que exercia a função, renunciou em 2020 para disputar a Prefeitura de Arapiraca.
Com a renúncia, o governo provisório seria assumido pelo presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor, que deveria convocar uma eleição indireta em 30 dias para a escolha de um governador tampão.
Mas como Victor deixou o Solidariedade e se filiou ao MDB para tentar a reeleição como deputado estadual, o cargo de governador ficará com o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, o desembargador Klever Loureiro, a quem caberá conduzir a escolha indireta.
Há uma articulação de Renan Filho para que o deputado estadual Paulo Dantas (MDB) seja eleito indiretamente na assembleia e dispute a reeleição em outubro.
No Maranhão, Flávio Dino oficializou na quinta-feira (31) sua saída do governo e confirmou sua pré-candidatura ao Senado. O vice-governador Carlos Brandão (PSB) assumiu a vaga e irá tentar uma reeleição.
No Piauí, Wellington Dias também renunciou na quinta-feira para disputar uma cadeira no Senado. Em seu lugar, assumiu a vice-governadora Regina Sousa (PT). Ela também é a primeira mulher a governar o estado e não deve tentar a reeleição.
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