Maior bloco da Câmara deve ser liderado por Elmar Nascimento, candidato a sucessor de Lira
Grupo tem 161 deputados e é formado por 8 partidos; mudanças no comando devem ocorrer após o recesso parlamentar
O maior bloco partidário da Câmara deve ser liderado no segundo semestre pelo deputado Elmar Nascimento (União-BA). O congressista é próximo de Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Casa, e candidato na disputa pela presidência da Câmara no próximo ano.
A mudança no comando do bloco, atualmente liderado pelo deputado Waldemar Oliveira (Avante-PE), deve ser oficializada após o recesso parlamentar. A expectativa é de que Elmar ocupe a liderança a partir de agosto.
O grupo é formado por União Brasil, PP, a federação PSDB-Cidadania, PDT, Avante, Solidariedade e PRD, que juntos somam 161 deputados. Elmar Nascimento é líder do União Brasil.
O comando da Câmara também é disputado pelos deputados Antonio Brito (PSD-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).
A eleição será em fevereiro, mas as articulações já começaram. Em julho, antes do recesso parlamentar, Elmar e Brito promoveram na mesma semana festas com diversos atores políticos, entre deputados, senadores, ministros e dirigentes partidários.
Atualmente, Brito lidera a bancada do seu partido e o segundo maior bloco da Casa, formado por MDB, PSD, Republicanos e Podemos.
Já Marcos Pereira ocupa os cargos de primeiro vice-presidente da Câmara e do Congresso.
Disputa
Em agosto, Lira deve anunciar seu candidato. Ele defende uma “candidatura consensuada”, com o apoio da maioria da Câmara.
O presidente da Câmara afirma ter amizade pelos três candidatos principais e que o seu escolhido será o que melhor preencher os “critérios” para o cargo.
O nome deverá ser acordado com o governo. Lira já afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não vetará candidatos na disputa, mas deverá participar do processo.
A federação governista, formada por PT, PCdoB e PV, ainda discute internamente sobre como irá se posicionar.
O PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro e maior partido da Câmara, com 93 deputados, estuda lançar uma candidatura própria para garantir um nome da oposição na disputa. O partido decidirá em agosto.