Maia rechaça adiar votação do Fundeb e diz que é possível ‘avançar’ em acordo
Adiamento passou a ser defendido pelo governo, após o Palácio do Planalto pedir aos líderes oito mudanças no texto da relatora
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou à CNN que não há chances de ele adiar a votação da PEC que prorroga o Fundeb, prevista para esta semana no plenário da Casa.
Um possível adiamento passou a ser defendido pelo governo, após o Palácio do Planalto pedir aos líderes oito mudanças no texto da relatora da PEC, deputada Professora Dorinha (DEM-TO).
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“Nenhuma chance”, respondeu Maia, após ser indagado se as negociações com o governo poderiam adiar a votação, que, embora marcada para segunda-feira (20), só deve começar de fato na terça-feira (21).
O presidente da Câmara acredita que será possível “avançar” em um acordo com o governo, que já aceita dobrar para 20% até 2026 a complementação da União ao Fundeb, embora com algumas exigências.
Para tentar convencer os deputados a aprovarem as mudanças propostas pelo Executivo, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, marcou uma reunião com líderes na manhã desta segunda.
Pagamento de pessoal
Segundo líderes próximos a Maia consultados pela CNN, um dos pedidos do governo que a Câmara poderá acatar é o de limitar a utilização dos recursos do Fundeb para o pagamento de pessoal.
Pelo projeto do Congresso, no mínimo 70% do Fundeb deve ser destinado para o pagamento de salários dos professores da ativa. O governo quer que esse porcentual seja o máximo direcionado para pagamento de pessoal.