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    Lula volta a falar de genocídio em Gaza e faz cobrança à ONU em festa do PT

    Presidente cita "coragem de dizer essas coisas" em referência ao conflito no Oriente Médio

    Renata Souzada CNN

    São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar sobre os ataques de Israel na Faixa de Gaza, reiterando que considera a situação um “genocídio”. Citando morte de mulheres e crianças, o petista ainda cobrou uma atuação das Organização das Nações Unidas (ONU).

    As pessoas que defendem paz no mundo não têm muita coragem de defender mulheres e crianças na Faixa de Gaza, que estão sendo assassinadas todos os dias, porque aquilo não é uma guerra, aquilo é um genocídio”, disse Lula durante um jantar que comemora, nesta quarta-feira (20), o aniversário de 44 anos do PT.

    Nós temos que ter coragem de dizer essas coisas, se não, não vale a pena a nossa passagem pelo planeta Terra e nem vale a pena a gente fazer política

    Luiz Inácio Lula da Silva

    No mês passado, declarações do presidente brasileiro sobre o confronto foram reiteradamente criticadas pelo governo de Israel. Na ocasião, Lula chegou a comparar a situação em Gaza ao extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

    Após as críticas de Israel, o Planalto reforçou que o governo brasileiro repudia as ações do Hamas.

    “Da mesma forma que nós do PT condenamos o ato terrorista do Hamas, da mesma forma que nós defendemos que o Hamas tem que libertar os reféns israelenses, e que Israel tem que libertar os reféns palestinos, nós temos que dizer: chega de matar mulheres e crianças que não tem nada a ver com essa guerra”, disse Lula no evento.

    “Cadê a ONU, que deveria existir para evitar que essas coisas acontecessem?”, questionou.

    A declaração de Lula também foi feita no momento em que os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), viajaram a Israel e disseram que as falas do presidente não representam a população brasileira. A posição dos governadores foi criticada pelo Planalto.