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    Eleições 2022

    Lula volta a criticar ajuste fiscal e diz que “corda arrebenta para o povo”

    Ao lado de Geraldo Alckmin, durante evento que o indicou para chapa com petista, ex-presidente afirmou que “sempre se tira um pouquinho a mais do povo para que sejam feitas reformas que atendam interesses do sistema financeiro”

    Giovanna Galvanida CNN , em São Paulo

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta sexta-feira (8), que “toda vez que se fala em contenção e ajuste fiscal, sempre a corda arrebenta para o lado do povo”.

    A fala do ex-presidente foi feita ao lado de Geraldo Alckmin (PSB), durante evento em que o Partido Socialista Brasileiro indicou o ex-governador de São Paulo como o nome da sigla à Vice-Presidência da República na chapa com o PT.

    “No Brasil, toda vez que se fala em contenção e que é preciso um ajuste fiscal, sempre a corda arrebenta para o lado do povo. Sempre se tira um pouquinho a mais do povo para que sejam feitas reformas que atendam interesses do sistema financeiro”, criticou Lula.

    “É igual em casa. Quantas vezes você fica pensando que não vai comprar TV ou geladeira porque não tem dinheiro? A gente não tem que ter medo de ter uma dívida quando essa divida é para construir uma coisa que vai fazer à sua família bem e está dentro do que você pode pagar”, declarou.

    Lula tem se posicionado contra o rigor fiscal. Ontem (7), o petista afirmou ser contra o teto de gastos, que representaria um controle de benefícios dos mais pobres.

    “Nós somos contra o controle do teto de gastos. Esse negócio de controlar gastos é para controlar o dinheiro de benefícios para o pobre. É não investir em saúde, é desmontar a educação, é não investir em ciência e tecnologia, para não pagar juros da dívida? Não. Nós precisamos pagar primeiro a dívida que temos com o povo pobre, trabalhador. Nós temos que garantir ao povo que eles vão tomar café de manhã, almoçar e jantar todo santo dia”, disse Lula em entrevista à rádio Jangadeiro BandNews de Fortaleza, no Ceará.

    Executiva do PT decidirá sobre indicação

    O ex-presidente disse ainda que uma aliança com Alckmin e o PSB teria demonstrado “que é plenamente possível duas forças com projetos diferentes e princípios iguais se juntarem na hora de interesse do povo brasileiro”.

    Lula disse ainda ter “certeza” de que o partido irá aprovar o nome de Alckmin para a chapa. O ex-presidente destacou ainda que o PSB “vai participar do programa e montagem de governo para ganhar essas eleições”.

    A executiva nacional do PT precisará avaliar e referendar a indicação de Alckmin para a chapa. Segundo a âncora da CNN Daniela Lima, a oficialização da chapa deve ocorrer no dia 30 de abril.

    “Vamos conversar com toda sociedade brasileira. Vamos tratar com o mesmo respeito um catador de papel e o empresário da maior empresa, um sem terra e um frande fazendeiro”, disse Lula.

    “Queremos governar esse país para todos, mas nosso coração está voltado para as pessoas que mais precisam”, continuou o petista.

    Imagens — Alckmin é indicado oficialmente para vice de Lula

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    Lula e Alckmin disputaram Planalto em 2006

    As conversas entre Lula e Alckmin para a composição da chapa eleitoral ocorrem há meses, e envolveram a saída do ex-governador paulista do PSDB, partido onde ficou por 33 anos.

    Em 2006, ambos foram adversários na disputa à Presidência da República, quando Lula ganhou de Alckmin no segundo turno com 60% dos votos válidos e seguiu para o seu segundo mandato.

    Lula também afirmou que as relações com Alckmin sempre foram de “respeito” e que “ninguém tem mais experiência no serviço” do que o ex-governador, citando seu papel como vice-governador de Mário Covas no estado de São Paulo.

    Debate

    CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.

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