Lula repete propaganda na TV e compara gestões; Bolsonaro destaca biografia
Em segundo horário eleitoral dos presidenciáveis, Ciro Gomes, Simone Tebet e Soraya Thronicke focaram na situação econômica; Felipe d’Avila pediu união do Brasil
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repetiu nesta terça-feira (30) seu programa de estreia na TV, exibido no sábado (27), em que destacou o desemprego, a fome e a inflação no país e comparou sua gestão com a do atual governo. O presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, dedicou seu tempo para contar a história de sua infância em Eldorado, no interior de São Paulo.
Na propaganda, Lula diz que milhões de brasileiros “não têm o que comer”. “As famílias sofrem com os preços que não param de subir e com um salário que mal dá para uma cesta básica”, disse. “Meus amigos e minhas amigas, peço a Deus que ilumine esta nação e nos ajude a reconstruir o Brasil”, completou.
O petista comparou o Brasil atual com o país que governou de 2003 a 2011. Ele destacou que 33 milhões de pessoas passam fome atualmente e citou o corte em investimentos na educação e o aumento do desmatamento. Em relação à sua gestão, lembrou da retirada do Brasil do Mapa da Fome, da abertura de universidades federais e da redução do desmatamento.
A propaganda de Jair Bolsonaro (PL), com conteúdo inédito, deu espaço para sua biografia, destacando momentos da sua infância. O presidente não falou durante o horário, e sua história foi contada por familiares e amigos.
Sua irmã Denise apareceu falando que Bolsonaro é o segundo de seis filhos. Um amigo da família, Alcides Guerra, disse que ele sempre teve uma relação muito próxima com os familiares. O irmão Renato também apareceu e contou que o atual presidente pescava peixes para vender na vizinhança, em Eldorado.
Os depoimentos foram ilustrados com fotos da infância e da adolescência de Jair Bolsonaro, incluindo de seu período no Exército e, por fim, na Presidência da República.
Ciro Gomes (PDT) voltou a mencionar suas três principais propostas: Programa de Renda Mínima, que deve garantir R$ 1.000 por família de baixa renda; a Lei Anti Ganância, que limita o que financeiras podem cobrar de pessoas endividadas; e o refinanciamento de dívidas de 66,6 milhões de pessoas que estão com nome sujo.
Simone Tebet (MDB) também voltou a repetir o conteúdo de propagandas anteriores, destacando sua biografia e colocando a candidatura à Presidência como “o maior desafio de sua vida”. Ela prometeu, caso eleita, comida mais barata, saúde, educação, emprego e oportunidades.
Felipe d’Avila (Novo), com 22 segundos de tempo de propaganda, pediu o fim de um Brasil dividido. “Chega do populismo irresponsável, chega de adiar o começo de um novo Brasil, chega de escolher o menos pior”, disse.
Soraya Thronicke (União Brasil) gravou a propaganda em um mercado e falou sobre o alto preço dos alimentos, colocando a culpa na carga tributária. Ela prometeu substituir 11 tributos federais por um único imposto, afirmando que, assim, a economia voltará a aquecer.
Saiba mais sobre o horário eleitoral
Neste ano, a rádio e a televisão transmitem dois blocos diários de propaganda eleitoral gratuita, de segunda-feira a sábado. Cada um deles terá 25 minutos: no rádio, o primeiro será transmitido das 7h às 7h25; e o segundo, das 12h às 12h25. Na televisão, as exibições acontecem entre 13h e 13h25 e das 20h às 20h25.
Veja o tempo de propaganda de cada candidato
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – 3 minutos e 39 segundos por bloco
- Jair Bolsonaro (PL) – 2 minutos e 38 segundos por bloco;
- Ciro Gomes (PDT) – 52 segundos por bloco;
- Simone Tebet (MDB) – 2 minutos e 20 segundos por bloco;
- Felipe d’Ávila (Novo) – 22 segundos por bloco
- Soraya Thronicke (União Brasil) – 2 minutos e 10 segundos por bloco
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Com informações de Luana Cataldi, da CNN
Fotos: As imagens do candidatos à Presidência nas urnas eletrônicas
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