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    Eleições 2022

    Lula quer evitar que composição ministerial enfraqueça base governista no Senado

    Apesar de cogitar escalar senadores eleitos para postos no governo, petista pretende avaliar caso a caso para evitar que base governista seja afetada na nova composição

    Gustavo UribeTainá Farfanda CNN , em Brasília

    Após a vitória na corrida ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a selecionar os nomes que ocuparão a Esplanada dos Ministérios.

    Entre os nomes considerados e que orbitaram a campanha eleitoral, estão senadores com mandatos vigentes pelo menos para os próximos quatro anos. Interlocutores da campanha petista ouvidos pela CNN afirmam que há uma preocupação de Lula em levar muitos senadores para o governo federal e esvaziar o Senado Federal.

    Na lista, estão, por exemplo, Wellington Dias (PT), Randolfe Rodrigues (Rede), Camilo Santana (PT), Flávio Dino (PSB) e Jaques Wagner (PT).

    O quadro preocupa devido à eleição neste ano de um grande número de senadores de oposição, o que tornou a bancada do PL, partido de Jair Bolsonaro, a maior da Casa Legislativa.

    Lula terá uma base aliada de apenas 20 dos 81 senadores. Na Câmara, a base será de 140 deputados federais. Diante desse cenário, ele terá que negociar com partidos como MDB, PSD, União Brasil, PP, Republicanos e, até mesmo, o PL para garantir maioria no Congresso Nacional e conseguir avançar com as pautas.

    Uma fonte da cúpula do PT disse que o presidente eleito pretende analisar o eventual desfalque na bancada do Senado. Dependendo de quem será o suplente do futuro ministro, se pode mudar de campo ou se é uma pessoa que não tem a representatividade e a liderança que o titular tem na Casa.

    Ainda segundo interlocutores do petista, nomes como o dos economistas Henrique Meirelles e Armínio Fraga poderiam indicar nomes mais jovens que eles e que queiram investir para fazer carreira pública. As mesmas fontes dizem que a estratégia também pode ser colocar um nome mais político, como Fernando Haddad (PT), no Ministério da Fazenda, e colocar perfis mais técnicos nas secretarias.

    Apesar da pressão do PT, Lula já sinalizou que abrirá mão de pelo menos seis postos de governo para partidos que são considerados da base aliada, como PSB, Rede, PDT, MDB e Avante.

    Na lista de cotados, há a senadora Simone Tebet (MDB-MS) — cujo mandato se encerra em janeiro –, o deputado federal André Janones (Avante-MG), o ex-governador de São Paulo Marcio França (PSB), o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), além do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

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