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    Eleições 2022

    Lula promete novos ministérios, e Bolsonaro rebate campanha petista

    Ciro Gomes criticou o atual modelo econômico, e Simone Tebet defendeu a preservação da Amazônia

    Renan PortoPedro Zanattada CNN , em São Paulo

    Os candidatos à Presidência que lideram as pesquisas de intenção de voto voltaram a fazer promessas de campanha neste sábado (3). Ao cumprir agenda no Maranhão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que pretende criar novos ministérios voltados à área social e ao meio ambiente.

    “Nós vamos recriar o Ministério das Mulheres. Nós vamos criar um Ministério dos Povos Originários para que a gente possa ter pessoas sempre marginalizadas também com o ministério. A gente vai retirar o ministério da pesca porque não pode ter a pesca no Ministério da Agricultura”, afirmou o petista durante visita ao movimento das quebradeiras de coco do Maranhão.

    Lula ainda defendeu a criação de um Ministério da Igualdade Racial e disse que não quer “construir uma sociedade de pobres”, mas buscar “salto de qualidade de vida das pessoas”. “Quero que todo mundo tenha o direito de ter o mínimo necessário”, explicou.

    Durante pronunciamento em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, Jair Bolsonaro (PL) rebateu a campanha de Lula, que tem afirmado que a prisão do petista foi uma armação. Segundo Bolsonaro, o ex-presidente “vive de mentiras”.

    “Então a devolução dos seis bilhões de reais por parte dos delatores? Ele vive de mentiras. (…) Se ele não está roubando, está mentindo. Se não está mentindo, está roubando. Às vezes, ele está fazendo as duas coisas ao mesmo tempo. (…) Eu estava dentro do parlamento, assisti a muita coisa lá dentro, ele loteava tudo, segundo o próprio Palocci. A Petrobras foi loteada em troca de apoio político”, disse Bolsonaro.

    Em evento em Serra, no Espírito Santo, Ciro Gomes (PDT) voltou a dizer que o modelo econômico do governo de Bolsonaro é o mesmo implementado por Lula e Dilma Rousseff (PT). O pedetista disse que os ex-presidentes, assim como o atual, eram pautados por “câmbio flutuante, superávit primário e meta de inflação”.

    “O que nós temos que discutir aqui é um modelo, é como é que a política se organiza e como é que a política organiza a economia. E aí lamentavelmente são rigorosamente a mesma proposta. Quer ver? Preste bem atenção, o modelo econômico do Bolsonaro: câmbio flutuante, superávit primário e meta de inflação. A gente não precisa entender isso não, mas esse é o modelo. Segundo, qual era o modelo da Dilma: câmbio flutuante, superávit primário e meta de inflação. Terceiro, qual é o modelo do Lula: câmbio flutuante, superávit primário e meta de inflação”.

    O pedetista ainda voltou a defender a criação de um programa de renda mínima. Segundo ele, nenhum brasileiro pode viver com “menos de R$ 417” por mês.

    A candidata pelo MDB à Presidência da República, Simone Tebet, esteve em Belém neste sábado. Durante visita a uma usina, ela falou sobre os planos para combater o desmatamento ilegal na região da Amazônia. Tebet disse que pretende dar melhores condições aos órgãos de fiscalização, além de possibilitar oportunidades de emprego para os moradores locais.

    “Desmatamento ilegal zero. Nós devolveremos os órgãos de fiscalização e controle. Dando não só efetivo, mas condições para eles fazerem o dever de casa. E lembrando, isso é muito importante, que é uma integração. É lavoura, pecuária e floresta em pé. Lembrando que aqui temos quase 30 milhões de brasileiros que precisam da dignidade do emprego. Isso é possível sem derrubar uma única árvore”, afirmou.

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