Lula promete linha de crédito a agricultores, e Bolsonaro destaca titulação de terras
Durante campanha nesta sexta-feira, presidenciáveis falaram sobre medidas que beneficiam trabalhadores do campo


Os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) defenderam nesta sexta-feira (2) políticas para os pequenos agricultores. O petista prometeu a recriação do programa Mais Alimentos, e o presidente destacou os títulos de propriedade emitidos em seu governo.
O programa Mais Alimentos foi lançado em 2008, com o objetivo de criar uma linha de crédito de estímulo aos agricultores familiares. O programa faz parte do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e está suspenso desde 2020 por falta de recursos.
O petista prometeu, caso eleito, retomar a iniciativa. “Para que aumente a capacidade produtiva, para que tenha mais comida no mercado e para que a inflação não proíba o povo de comprar o que comer”, disse, em Encontro com Povos da Floresta e das Águas, em Belém, no Pará.
Lula ainda defendeu a preservação da floresta Amazônica, dizendo que, caso eleito, “a boiada não vai passar mais”. Sua fala foi uma referência à declaração do ex-ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, em 2020, que propôs concentrar os esforços em mudar as regras ambientes aproveitando que as atenções estavam voltadas à pandemia de Covid-19.
“Nós temos que criar na sociedade brasileira a consciência de que a manutenção da floresta em pé é mais saudável e mais rentável do que tentar derrubar árvores para plantar soja, milho, cana ou criar gado”, afirmou Lula.
Bolsonaro ressalta concessão de títulos
O presidente destacou nesta sexta-feira a marca alcançada pelo governo federal nesta semana de 402.435 títulos de propriedade emitidos. Ele disse que, agora, os posseiros “que não tinham autonomia sobre sua terra”, hoje “integram a nossa sociedade, passam a ser amigos dos fazendeiros e passam a ser cidadãos de verdade”.
Durante discurso na feira de agronegócio Expointer, em Esteio, no Rio Grande do Sul, ele comparou a quantidade de títulos emitidos em seu governo com a do governo Lula: 99.048, em oito anos de mandato.
“Temos honra, história e tradição e não podemos aceitar que certas pessoas que deram péssimos exemplos para o Brasil e para o mundo ousem falar em voltar a comandar a nossa nação”, acrescentou o presidente.
Bolsonaro ainda defendeu o porte e a posse de armas no meio rural. “Com orgulho dobramos o número de CACs [Colecionador, Atirador e Caçador] no Brasil. Hoje, somos 700 mil CACs. Arma de fogo é mais que a segurança familiar, é a certeza de que essa pátria jamais será escravizada”, concluiu.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
FOTOS — Confira as fotos dos presidenciáveis que serão exibidas nas urnas
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O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • Divulgação/TSE
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O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PL)
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT)
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A candidata à Presidência Simone Tebet (MDB)
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O candidato à Presidência José Maria Eymael (DC) • Divulgação/TSE
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O candidato à Presidência Felipe D’Avila (Novo)
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O candidato à Presidência Leonardo Péricles (UP)
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A candidata à Presidência Sofia Manzano (PCB)
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A candidata à Presidência Soraya Thronicke (União)
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A candidata à Presidência Vera Lucia (PSTU)
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O candidato à Presidência Padre Kelmon (PTB) • Divulgação/TSE