Lula: Presidência do Brasil no G20 se baseará em combate à fome, sustentabilidade e reforma de instituições
Presidente discursou durante reunião preparatória do G20, em Brasília, nesta quarta-feira (13)
Renata Souzada CNN , em São Paulo
Durante discurso na reunião de Sherpas, vice-ministros de Finanças e representantes de Bancos Centrais do G20, em Brasília, nesta quarta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) detalhou os pilares que guiarão a presidência brasileira do grupo.
Segundo o mandatário, a liderança do Brasil será estruturada em:
- Inclusão social e o combate à fome e à pobreza;
- Promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões social, econômica e ambiental e as transições energéticas;
- Reforma das instituições de governança global.
Sobre o primeiro eixo, o presidente defendeu que “é inadmissível que um mundo capaz de gerar riquezas da ordem de 100 trilhões de dólares por ano conviva com a fome de mais de 735 milhões de pessoas e a pobreza de mais de 8% da população”.
Como estratégia para combater a questão, Lula afirmou que irá propor uma aliança global que inclua compromissos nacionais, financeiros e técnicos.
Detalhando o segundo eixo, o petista declarou que o grupo deve buscar “garantir que as profundas transformações que estamos vivendo resultem em bem-estar social, prosperidade econômica e sustentabilidade ambiental para todos”.
O presidente falou ainda sobre descarbonização da economia global, emissões globais de gases do efeito estufa, aumento da temperatura do planeta, bioeconomia e uso de inteligência artificial.
Em relação ao terceiro eixo, Lula criticou o “anacronismo das instituições de governança global, que já não têm representatividade”. O mandatário citou a composição do Conselho de Segurança da ONU e as juntas do FMI e do Banco Mundial.
Sobre a primeira cúpula do G20 a ser sediada pelo Brasil, no Rio de Janeiro, o presidente defendeu que o caminho “seja de engajamento, compromisso e solidariedade”.