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    Lula oferece horário para reunião com Zelensky nos EUA; sugestão desagrada ucranianos

    Presidente brasileiro ofereceu uma abertura para o encontro às 16h da quarta-feira (20), após o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

    Da CNN

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ofereceu há pouco um horário para se reunir com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em Nova York, onde ambos participarão da Assembleia-Geral da ONU.

    As informações são da âncora da CNN Tainá Falcão e do correspondente internacional da CNN Américo Martins.

    Veja também: Lula tem reuniões bilaterais com autoridades europeias antes de Assembleia da ONU

    Lula ofereceu uma abertura para o encontro às 16h da quarta-feira (20).

    “O governo propôs aos ucranianos um horário na tarde de quarta, após o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente Joe Biden”, informou a ecretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência à CNN.

    O local da reunião, caso a comitiva ucraniana aceite a proposta dos diplomatas brasileiros, seria o hotel em Nova York onde o presidente brasileiro está hospedado.

    A CNN conversou com autoridades ucranianas que, no entanto, dizem que esse horário seria complicado porque Zelensky vai viajar para a capital americana de Washington justamente na tarde da quarta-feira.

    Dessa forma, é possível que o tão esperado encontro entre os dois líderes acabe não acontecendo de novo.

    Pedido de reunião partiu do lado ucraniano

    Mais cedo, a CNN relatou que o pedido oficial para uma reunião bilateral entre Lula e Zelensky às margens da Assembleia-Geral da ONU partiu do lado ucraniano.

    CNN apurou com as autoridades do país europeu que o pedido foi feito formalmente pela Embaixada da Ucrânia em Brasília há duas semanas, mas não recebeu oferta de horário em resposta.

    O Itamaraty afirmou à CNN que trabalhou nesse período para encaixar agendas para que o encontro ocorra.

    Segundo a diplomacia brasileira, Lula recebeu mais de 50 pedidos de bilaterais com chefes de Estado e agências da ONU, o que dificultou a questão da agenda.

    Inicialmente, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, havia afirmado que o convite tinha partido de Lula.

    Lula e Zelensky nunca se encontraram presencialmente

    Lula e Zelensky nunca se encontraram presencialmente para uma reunião bilateral. Houve tentativas de conciliar as agendas, sem sucesso, durante a cúpula do G7, no Japão.

    Em entrevista coletiva, Lula afirmou que Zelensky não apareceu para encontro bilateral com ele na cidade de Hiroshima.

    “Nós tínhamos uma entrevista [sic] bilateral com a Ucrânia às 3 horas da tarde [horário local]. Nós tínhamos a informação de que eles tinham atrasado, enquanto isso, atendi o presidente do Vietnã. Quando o presidente do Vietnã foi embora, a Ucrânia não apareceu. Certamente, teve outro compromisso e não pode vir aqui. Foi simplesmente isso que aconteceu”, disse o presidente brasileiro.

    Em uma entrevista durante a cúpula, Zelensky sinalizou que, de fato, houve uma incompatibilidade de agendas, como sustentou o governo brasileiro.

    Ao ser questionado se ficou desapontado pelo fato de a reunião não ter acontecido, Zelensky respondeu: “Eu acho que ele que ficou decepcionado”.

    Os ucranianos já disseram várias vezes que querem conversar com Lula para mostrar ao líder brasileiro “a realidade do conflito”.

    Kiev também já demonstrou diversas vezes sua insatisfação com o presidente brasileiro por suas declarações polêmicas sobre a guerra —incluindo uma afirmação de que os Estados Unidos e os países europeus estavam prolongando a guerra ao enviar armamentos para a resistência ucraniana.

    Publicado por Léo Lopes, da CNN

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