“Lula nunca faria interferência direta em empresa de capital aberto”, diz Silveira sobre sucessão na Vale
Nos últimos dias, segundo fontes relataram à CNN, presidente estaria disposto a ter o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega com voz ativa no comando da empresa
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta sexta-feira (26) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nunca faria uma interferência direta no comando da Vale.
“O presidente Lula nunca se disporia em fazer uma interferência direta numa empresa de capital aberto, listada em bolsa, que tem a sua governança e natureza jurídica que deve ser respeitada, até porque o Brasil é um país que respeita contrato, tem regulação estável”, disse Silveira a jornalistas.
Nos últimos dias, segundo fontes relataram à CNN, Lula estava disposto a ter o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega com voz ativa no comando da empresa, e não apenas como coadjuvante, com um assento no conselho de administração.
“Eu não tive nenhuma conversa com conselheiro em que eu tivesse citado uma indicação do ex-ministro Mantega para suceder o atual presidente da Vale”, declarou o ministro.
Entretanto, o ministro fez críticas à gestão da Vale. Para ele, a mineradora precisa ter uma interlocução mais próxima com o governo e respeitar as políticas públicas do país.
“A Vale precisa avançar muito na sua relação com a sociedade e com o governo. No meu estado [Minas Gerais], ela não tem uma boa relação com a comunidade onde ela explora o minério de ferro, ela não tem uma relação próxima e isso é importante, que ela seja aprovada pela comunidade”, acrescentou Silveira.