Lula mira classe média e mulheres de baixa renda na reta final, diz coordenador
Segundo o ex-governador Wellington Dias, PT deve investir em defesa do aumento do salário mínimo acima da inflação e na atualização da tabela do Imposto de Renda
Ex-governador do Piauí e um dos principais coordenadores da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Wellington Dias afirmou nesta terça-feira (20) que as estratégias eleitorais do candidato nesta reta final devem se concentrar em atrair o voto da classe média (com salários entre dois e dez salários mínimos).
“A gente precisa conquistar um eleitorado mais exigente. A classe média, que tem uma formação média, boa parte superior. A gente tem uma proposta para esse público e quer dar ênfase a ela”, disse.
Para chegar a esse público, o PT deverá investir em discursos sobre a necessidade do aumento do salário mínimo acima da inflação, o que também pode alcançar as mulheres de baixa renda, e sobre propostas que tratam do endividamento e da atualização da tabela do Imposto de Renda.
“A gente tem um olhar para os mais pobres, mas haverá uma política de juros baixos a longo prazo para que a gente tire também da situação de prisioneiro do endividamento pessoas da classe média, também autônomos e micros [empreendedores]”, afirmou.
Outro ponto de atenção da campanha são os micro e pequenos empreendedores, especialmente os que faliram ou estão em dificuldade “por conta da política de juros altos” ou que querem expandir os negócios.
Promessas para o turismo
Ao participar de um encontro com setor do turismo, nesta terça-feira (20), Lula prometeu que, se eleito, atuará para baixar o preço das passagens aéreas. Para ele, o turismo poderá ajudar a reduzir o desemprego no país. O ex-presidente também rebateu críticas de Bolsonaro ao processo eleitoral.
“O homem está dizendo que, se não ganhar com 60% no primeiro turno, é porque houve problema nas urnas. Então eu já fico otimista, porque ele já está prevendo a derrota dele”, disse.