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    Lula marcou “dois gols” com Dino e Gonet, diz Alckmin

    Presidente em exercício disse que a sucessão de Dino no Ministério da Justiça e da Segurança Pública não deve ser discutida agora

    Geraldo Alckmin, presidente da República em exercício
    Geraldo Alckmin, presidente da República em exercício REUTERS/Ueslei Marcelino

    Douglas Portoda CNN

    São Paulo

    O presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) afirmou, nesta terça-feira (28), que o chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marcou dois gols ao indicar Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) e Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR).

    Na opinião de Alckmin, a questão da sucessão de Dino no Ministério da Justiça e Segurança Pública não deve ser discutida agora. A fala aconteceu após o evento do “Programa Elas Exportam”, no auditório da ApexBrasil, em Brasília.

    “O presidente Lula acho que marcou dois gols. Muito bem escolhido. Ambos com sólida formação jurídica, experiência e espírito público. Tanto o Flávio Dino para Suprema Corte quanto o Dr. Gonet para a Procuradoria-Geral da República. Agora cabe ao senado. Não tem que se discutir ministério neste momento. Cada coisa no seu tempo”, disse Alckmin.

    “Agora a palavra do Senado e depois a discussão do ministério que cabe ao presidente Lula”, prosseguiu.

    Lula está em viagem oficial na Arábia Saudita em busca de investimentos. Nesta terça, o presidente se encontrou com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro do país, Mohammed Bin Salman Al-Saud.

    Sucessão de Dino na Justiça e Segurança Pública

    Após a indicação de Dino ao STF, o governo começou a avaliar quem será seu substituto no comando da Justiça e da Segurança Pública.

    O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que chegou a ser cotado para o ministério de Lula no início do ano, volta a ter o nome citado. Ele está na comitiva de Lula que foi para a Arábia Saudita.

    Auxiliares de Lewandowski afirmam que o ex-ministro não rejeitaria o convite. Ele assumiria com perfil capaz de atenuar a crise entre Poderes e sem aspirações eleitorais. Quando provocado sobre o assunto, Lewandowski tem dito que atualmente é advogado e que não antecipa movimentos da política.

    Depois de perder a corrida para Dino ao STF, o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, também é cotado para a pasta.

    Dentro do governo também existe menções ao nome de Simone Tebet, ministra do Planejamento.

    Segundo interlocutores ouvidos pela CNN, Tebet disse não ter sido sondada, mas também não descartou uma eventual mudança de pasta. A Justiça é considerada uma das pastas de maior visibilidade na Esplanada e entra no cálculo político sobre quem o Planalto quer dar holofotes.

    O PT, por exemplo, defende a indicação do coordenador do grupo Prerrogativas, o advogado Marco Aurélio Carvalho. Ele é filiado ao partido desde os 16 anos e é próximo de Lula, destacando-se como um dos conselheiros informais do presidente da República.

    Dentro do próprio Ministério da Justiça, há o nome do secretário executivo, Ricardo Cappelli, homem de confiança de Dino. Há resistências do PT contra ele.

    Além de secretários da pasta que também estão de olho na sucessão, como Augusto de Arruda Botelho, da Secretaria Nacional de Justiça e Wadih Damous, da Secretaria do Consumidor.

    Antes de decidir, Lula terá conversas com o PSB, partido de Dino.

    Veja também: Planalto aposta em placar de 52 votos para aprovar Dino ao STF