Lula escala Rui Costa e Padilha para representá-lo na abertura dos trabalhos do Legislativo
Presidente não planeja ir à sessão na quinta; em seus primeiros mandatos, o petista só esteve no evento uma vez
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não planeja ir à cerimônia que marca a abertura do ano legislativo no Congresso Nacional nesta quinta-feira (2). Ele escalou os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, para representá-lo.
Rui Costa será responsável por entregar a mensagem em nome do presidente. O documento tradicionalmente traz um balanço do ano que passou ou de como o novo governo encontrou a administração pública federal e aponta as prioridades para o ano.
Lula estará presente na cerimônia que oficializa a reabertura dos trabalhos do Poder Judiciário, no Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta quarta-feira (1°), mas optou por enviar a mensagem presidencial ao Congresso na quinta-feira por meio de seus ministros. A Presidência não informou o motivo.
A mensagem presidencial é enviada todos os anos pelo presidente da República ao Congresso Nacional. O presidente pode ele próprio ler o texto ou enviá-lo por meio de um ministro – normalmente o chefe da Casa Civil.
Quando o presidente não está presente, o texto é lido em plenário pelo primeiro-secretário da Mesa do Congresso – que, neste caso, será definido na eleição desta quarta-feira.
A presença do presidente da República na cerimônia de abertura do ano legislativo não é obrigatória, mas praticamente todos os mandatários desde a redemocratização participaram da solenidade em algum momento de sua gestão. Os presidentes que se ausentaram foram representados por seus ministros.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) marcou presença na cerimônia em duas das quatro ocasiões que teve chance. Esteve nos eventos de 2021 e 2022.
Michel Temer não participou nos dois anos em que esteve à frente da Presidência. Dilma Rousseff leu presencialmente sua mensagem em 2011 e em 2016, ano em que foi destituída do cargo.
Lula esteve presente na cerimônia apenas em 2003, nos outros sete anos foi representado por seus ministros – Dilma, por exemplo, representou Lula em cinco ocasiões, tendo ido à solenidade mais vezes como ministra do que como presidente.