Lula e Bolsonaro defendem aumento real do salário mínimo
Petista diz que "voltará a aumentar o salário mínimo todo ano”, caso eleito; presidente reitera fala de Paulo Guedes sobre reajuste do mínimo
Os candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) falaram sobre a possibilidade de aumentar o salário mínimo em suas agendas entre quinta (20) e sexta-feira (21).
Na manhã desta sexta, Lula abordou o tema e citou o atual presidente durante uma carreata em Teófilo Otoni (MG). “Nós precisamos ter coragem de fazer as coisas que o Brasil precisa. Não sei se vocês sabem, mas já faz cinco anos que o salário mínimo não tem aumento real. E ontem ele [Bolsonaro] falou que vai desindexar o salário mínimo”, disse.
“Ou seja, ele está pendendo a não dar mais aumento para quem ganha salário mínimo, e nós temos 32 milhões de brasileiros que ganham um salário mínimo, dos quais 22 milhões são aposentados”, completou o ex-presidente. Depois, ainda na cidade mineira, Lula disse que “voltará a aumentar o salário mínimo” todos os anos.
Lula discursou em Teófilo Otoni ao lado de aliados como a ex-presidenciável Simone Tebet (MDB), a ex-ministra Marina Silva (Rede) e políticos locais como o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), o vice-governador Paulo Brant (PSDB) e o prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira (PT).
Na parte da tarde, Lula estará em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, onde participará de caminhada às 17h.
Na noite de quinta, em São Paulo, Bolsonaro reiterou uma fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o mesmo tema. “O Paulo Guedes falou que vai dar aumento real para o salário mínimo, falou que vai dar aumento real para o servidor. A gente continua nessa maratona, buscando uma reeleição”, disse Bolsonaro.
À CNN, Guedes havia dito que pretende retomar o reajuste do funcionalismo público caso o presidente seja reeleito e acrescentou que avalia conceder aumento real do salário mínimo e de aposentadorias já em janeiro de 2023. O anúncio foi adiantado pelo analista de política da CNN Caio Junqueira.
Bolsonaro se encontrou em São Paulo com personalidades do mundo da luta como Wanderlei Silva, José Aldo, Maurício Shogun e Fabrício Werdum. Na agenda, também participaram o candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), entre outros apoiadores do presidente.
Durante o encontro, Bolsonaro descreveu o agronegócio brasileiro como “nosso orgulho” e, em aceno ao eleitorado feminino, citou a titulação de terras para agricultores, especialmente mulheres. Segundo ele, 80% das terras entregues foram para o nome de mulheres.
Às 21h30, o presidente participa da entrevista da CNN e do pool de veículos de imprensa. O formato seria um debate, mas Lula decidiu não participar. Com isso, conforme as regras previamente acertadas com as campanhas, o encontro passa a ser uma entrevista, que acontecerá no estúdio do SBT, em Osasco, na Grande São Paulo.
A entrevista será transmitida ao vivo pela CNN, na TV e nas plataformas do canal nas redes sociais.
*Publicado por Marcelo Tuvuca, com informações de Daniel Reis, Thais Magalhães, Caio Junqueira, Cleber Rodrigues, Lucas Janone e Elis Barreto
Fotos – Veja os apoios recebidos por Lula e Bolsonaro no segundo turno
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