Lula e Bolsonaro articulam apoios, erros das pesquisas e mais de 4 de outubro
Ao menos cinco legendas devem discutir, até quarta-feira (5), o posicionamento para a disputa presidencial entre os candidatos do PT e PL
A articulação de partidos para definição de apoios no segundo turno das eleições presidenciais, e a discussão sobre as metodologias dos institutos de pesquisa após erros no primeiro turno estão entre os destaques desta terça-feira (4).
Partidos se reúnem para definir apoios no 2º turno da eleição para presidente
Os partidos políticos começam a se reunir nesta semana para definir apoios para o segundo turno da disputa presidencial entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Após a apuração, a candidata Simone Tebet (MDB), que terminou em terceiro lugar no pleito, declarou que sua decisão já estava tomada e que daria 48 horas para as legendas que fazem parte da sua candidatura — MDB e a federação entre PSDB e Cidadania — se manifestarem.
O PSDB, por sua vez, anunciou que a Executiva Nacional da sigla se encontrará nesta terça-feira (3) para decidir sobre a liberação de seus diretórios no segundo turno.
O PDT de Ciro Gomes também iniciou conversas com os diretórios estaduais do partido para definir a postura da legenda na disputa presidencial. A expectativa é de que o anúncio seja feito até quarta-feira (5), após reunião com integrantes da executiva nacional da legenda e lideranças regionais do partido, informou o presidente Carlos Lupi à CNN.
Dificuldades em mensurar o voto envergonhado, falhas em perguntas e nas metodologias são apontados por especialistas como possíveis explicações para as divergências observadas no primeiro turno entre os resultados das urnas e as projeções de intenção de voto realizadas por institutos de pesquisas.
No caso da disputa pela Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu 48,43% dos votos válidos neste domingo (2), contra 43,20% do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 99,99% das urnas apuradas.
A distância entre os dois candidatos foi de 5,23 pontos percentuais. As pesquisas Datafolha, Ipec e Ipespe projetavam uma diferença de cerca de 14 pontos entre os candidatos. Nenhum instituto acertou o resultado, e os maiores contrastes ocorreram nos votos dados a Bolsonaro.
PDT antecipa para terça-feira reunião para deliberar apoio a Lula
O PDT antecipou para o final da manhã desta terça-feira (4) reunião da executiva nacional do partido para discutir apoio ao ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) no segundo turno da disputa presidencial. Inicialmente, o encontro seria na quarta-feira.
No encontro, segundo dirigentes da legenda, serão apresentadas três propostas para serem incorporadas pela campanha petista caso o apoio seja aprovado pela cúpula nacional pedetista.
Elas são a adoção de uma renda mínima de R$ 1.000 à população de baixa renda, um programa de parcelamento de dívidas e a adoção de ensino em tempo integral na rede pública.
O candidato do partido ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, deve participar por videoconferência. Segundo dirigentes do partido, ele sinalizou ter menos resistência que em 2018 para um eventual apoio ao PT.
Valdemar faz jantar com PL em São Paulo, e Bolsonaro convida aliados para café da manhã no Alvorada
As estratégias da campanha de Jair Bolsonaro neste segundo turno entram como prato principal de um jantar do PL nesta terça-feira, em São Paulo, e de um café da manhã no Palácio da Alvorada, em Brasília, previsto para esta quinta-feira.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, convidou as bancadas eleitas de deputados federal e estadual, também prefeitos do partido, para um jantar com o candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio Gomes e o senador eleito pelo estado, Marcos Pontes. O encontro será na casa de Costa Neto, na capital paulista. O partido alcançou as maiores bancadas tanto na Câmara quanto no Senado para a próxima legislatura e quer usar este desempenho na coleta de votos para Bolsonaro.
Na noite desta segunda-feira, foi a vez do Planalto ligar para apoiadores e chamar para um café da manhã, com Bolsonaro, na quinta-feira, no Alvorada. Entre os convidados, estão políticos do PL considerados importantes para a conquista de votos em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
PT quer apoio de Rodrigo Garcia a Haddad em SP em troca de Edegar Pretto apoiar Leite no RS
O Partido dos Trabalhadores tem tentado se aproximar do PSDB paulista com a promessa de que, em troca, poderá apoiar o candidato tucano ao Governo do Rio Grande do Sul. Neste domingo (2), os gaúchos levaram ao segundo turno das eleições Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB). O petista Edegar Pretto ficou apenas 2 mil votos atrás de Leite, o que teria demonstrado a força do PT no Estado.
De acordo com dirigentes do PT ouvidos pela CNN, para o PSDB se beneficiaria do apoio petista no Rio Grande do Sul, já que a transferência de votos de Pretto a Leite seria quase em sua totalidade e poderia garantir a eleição dos tucanos que, até aqui, não conseguiram emplacar nenhum governador nas 27 unidades da Federação. A legenda disputa o segundo turno em quatro Estados: Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Pernambuco.
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*Publicado por Léo Lopes