Lula é aconselhado a apoiar nomes de centro no Sul e Sudeste
Segundo relatos feitos à CNN, um grupo de petistas tem defendido que, em um aceno à moderação e na tentativa de diminuir rejeição, ex-presidente amplie o número de palanques estaduais e apoie também nomes de centro em disputas nessas regiões

Em um aceno à moderação e em uma tentativa de diminuir resistências, um grupo de dirigentes petistas tem defendido que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva amplie o número de palanques estaduais e apoie também nomes de centro em disputas regionais no Sul e no Sudeste.
A avaliação, que segundo relatos feitos à CNN já foi apresentada ao ex-presidente, é de que a presença do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin em sua chapa eleitoral não é suficiente para que o petista consiga avançar sobre um eleitorado moderado.
Por isso, a defesa é para que o petista não suba apenas em palanques de candidatos identificados com a esquerda no Sul e no Sudeste. E, na medida do possível, também declare apoio a nomes de centro.
Em São Paulo, por exemplo, dirigentes petistas defendem que o apoio de Lula se divida entre Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB), que tem se apresentado como um nome de “terceira via”, não identificado diretamente com a esquerda.
Apesar de ser filiado ao PSB, França foi vice-governador na gestão tucana e já pregou políticas de segurança pública defendidas por lideranças de direita, como novas regras para a utilização de câmeras corporais por policiais militares.
No Espírito Santo, caso não se chegue a um acordo, dirigentes petistas defendem que Lula apoie tanto Renato Casagrande (PSB) como Fabiano Contarato (PT) ao governo capixaba. A avaliação no partido é de que um apoio a Casagrande pode ajudar a diminuir a resistência a Lula no estado, sobretudo junto ao eleitorado de centro.
No Rio Grande do Sul, o grupo petista também começou a defender que Lula faça um aceno a Beto Albuquerque (PSB), cujo grupo político chegou a indicar a possibilidade de uma composição com Ciro Gomes, do PDT.
A avaliação é de que, apesar de o PT ter a intenção de lançar candidato próprio no estado gaúcho, uma composição com Albuquerque pode ajudar Lula no Rio Grande do Sul, já que, na região sulista, o petista apareceu atrás do presidente Jair Bolsonaro (PL) na última edição da pesquisa Ipespe, divulgada no início de maio.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.