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    Lula diz que novo PGR será alguém que “não faça denúncia falsa” e o melhor “para o interesse do Brasil”

    Presidente citou que perdeu parte da confiança no Ministério Público e disse que terá "mais critério" para escolher o sucessor de Augusto Aras

    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva 17/07/2023REUTERS/Johanna Geron

    Marina Toledoda CNN

    em São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (1º), durante sua live semanal “Conversa com o Presidente”, que o novo Procurador-Geral da República (PGR) será alguém que “não faça denúncia falsa” e o melhor para o interesse do Brasil. O mandato do atual PGR, Augusto Aras, termina em setembro.

    “Não quero escolher alguém que seja amigo do Lula. Eu quero escolher alguém que seja amigo desse país, alguém que goste do Brasil, alguém que não faça denúncia falsa”, disse.

    Lula comentou que “as pessoas já estão precupadas”, mas disse que escolherá “no momento certo” o novo PGR e que esse é um problema do presidente da República.

    “Eu vou conversar com muita gente, vou ouvir muita gente, vou atrás de informações, de pessoas que eu penso, vou discutir se é homem, se é mulher, se é negro, se é branco. Tudo isso é problema meu”, declarou.

    “Quando eu tiver um nome, eu indico. É simples assim, sem ficar aquela coisa de vai escolher amanhã, é fulano, é beltrano. Ninguém tem que ficar tentando adivinhar. Eu vou escolher a pessoa que eu achar que é melhor para o interesse do Brasil. Se der errado, paciência”, acrescentou.

    O presidente ainda afirmou que perdeu parte da confiança no Ministério Público, citando a operação Lava Jato, coordenada pela ex-procurador Deltan Dallagnol. Por esse motivo, Lula disse que escolherá o sucessor de Aras “com mais critério, com mais pente fino, para não cometer um erro”.

    “Depois com essa quadrilha que esse Dallagnol montou, eu perdi muita confiança [no MP]. É um bando aloprados que achavam que podiam tomar o poder. Estavam atacando todo mundo ao mesmo tempo. Eles fizeram a sociedade refém durante muito tempo.”

    Outro lado

    Procurado pela CNN, o ex-deputado federal Deltan Dallagnol afirmou que, na avaliação de Lula, “o MP era ótimo investigando a corrupção dos outros, mas virou algoz ao investigar ele [Lula] e seus aliados”. Leia abaixo a íntegra da nota enviada por Dallagnol:

    “Lula diz que o combate à corrupção é um ataque aos Poderes. Na leitura de Lula, a Lava Jato não só alcançou o governo e o Congresso, mas estava chegando ao Supremo. Será que, para ele, isso foi um fator fundamental para que o Supremo, que antes estava acovardado nas suas próprias palavras, mudasse de visão sobre a investigação?

    Lula disse ainda que deixou de idolatrar o Ministério Público quando foi acusado. Assim, o MP era ótimo investigando a corrupção dos outros, mas virou algoz ao investigar ele e seus aliados.

    Isso mostra bem como, para Lula, a questão é pessoal e explica a vingança promovida em seu governo contra quem trabalhou na Lava Jato. A sociedade brasileira, de fato, foi refém por muito tempo, mas não da Lava Jato, e sim daqueles que saquearam a Petrobras e o Brasil por décadas, esses, sim, na verdade, comprovadamente, uma quadrilha”, conclui o ex-parlamentar.

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