Lula diz que emenda parlamentar é importante, “mas não precisa ser secreta”
Presidente eleito deu declaração após anunciar primeiros nomes que vão compor sua equipe ministerial no governo federal a partir de janeiro de 2023
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (9), que emenda parlamentar é uma ferramenta política importante, “mas não precisa ser secreta” – em referência ao orçamento secreto.
“Todo mundo sabe o que eu penso de emenda parlamentar. Eu fui deputado constituinte e eu sempre achei a emenda do deputado é importante, o que não precisa é ser secreta”, declarou durante a entrevista coletiva que concedeu em Brasília após anunciar os primeiros nomes que vão compor sua equipe ministerial a partir de 2023.
O petista destacou que a emenda precisa estar “acoplada ao orçamento do governo e às obras preferenciais do governo”. “E quem decide liberar a emenda é o Poder Executivo”, completou.
Ele pontuou que, se “houver problema” em relação às emendas de relator durante a tramitação da PEC do Estouro na Câmara dos Deputados, será conversado.
“Todo mundo sabe o que eu penso, o presidente [Arthur] Lira sabe que eu penso isso, e quero dizer pra vocês que, se tiver qualquer problema, nós vamos conversar. Eu já conversei duas vezes com o presidente Lira, duas vezes com [o presidente do Senado, Rodrigo] Pacheco e, se for preciso conversar dez vezes, eu conversarei dez vezes”, acrescentou Lula.
Primeiros nomes para equipe ministerial
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta sexta-feira (9), os primeiros nomes que vão compor sua equipe ministerial no governo federal a partir de janeiro de 2023.
Em uma coletiva de imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da transição de governo, em Brasília, Lula confirmou cinco futuros ministros:
- Fazenda: Fernando Haddad (PT)
- Defesa: José Múcio Monteiro
- Casa Civil: Rui Costa (PT)
- Justiça: Flávio Dino (PSB)
- Relações Exteriores: Mauro Vieira
O petista afirmou que deve uma reunião no próximo domingo (11) para determinar a quantidade de ministérios e secretarias que o próximo governo terá.
“Tomei a decisão [de anunciar os primeiros nomes] porque preciso que algumas pessoas já comecem a trabalhar”, afirmou Lula. Ele também brincou que anunciou mais nomes para ter outras pessoas para conversar com a imprensa sobre os trabalhos do futuro governo.
Segundo o presidente eleito, na semana que vem, ele pode anunciar “mais do que o dobro” de ministros do que a quantidade anunciada nesta sexta (9).
* Publicado por Léo Lopes