Lula diz que Centrão não é partido e que conversará “com todo mundo” se eleito
Candidato à Presidência defende “acordo pragmático” com legendas como caminho para a governabilidade
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (17), que irá “conversar com todo mundo” caso seja eleito ao Palácio do Planalto. O petista disse ainda que membros do Centrão se unem ao Executivo desde que “participem do governo”.
“O Centrão não é partido político. É um conjunto de forças políticas que se une de quando em quando a qualquer pessoa que tiver no governo na medida em que eles participem do governo. Eu, obviamente, vou conversar com todo mundo, porque não há como governar sem conversar com todo mundo”, afirmou em entrevista à Rádio Super, de Belo Horizonte.
Para o candidato, “não existe possibilidade” de ingressar na Presidência sem estabelecer diálogo com pessoas que compõem a gestão atual.
“Se as pessoas forem eleitas governadores, você vai ter que conversar. Se as pessoas foram eleitas deputadas ou senadores, você vai ter que conversar. O que é importante é que você tenha um projeto com medidas concretas para conversar com essas pessoas para que você não fique fazendo conversa casual”, disse.
Lula defende que firmar um “acordo pragmático” com os partidos políticos é essencial. Sem isso, segundo ele, é impossível “governar o país quatro anos com uma certa tranquilidade”.
Durante a entrevista, o petista também criticou o modelo atual da Lei da Ficha Limpa e defendeu mudanças no texto.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
